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Reforma tributária reduz verbas públicas destinadas a Goiás, diz Caiado

O governador Ronaldo Caiado voltou a alertar sobre efeitos negativos para Goiás com a possível aprovação definitiva da reforma tributária no Congresso Nacional (o texto foi aprovado em 1º turno agora há pouco, na noite desta quinta-feira 6/7).

Após reuniões em Brasília ele afirmou que fundos constitucionais que direcionam verbas públicas para o desenvolvimento do Estado serão extintos com a nova legislação fiscal.

Prestem atenção na gravidade disso. Vão tirar de Goiás o FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste), o Fundeinfra, o fundo de cultura e a Lei Goyazes, que também destina recursos para a cultura”

disse o chefe do Executivo goiano. 

Desde o início da semana, em articulações na capital federal, o governador pontua que a reforma em análise vai concentrar ainda mais a arrecadação de tributos em Brasília, retirando de Goiás, por exemplo, a gestão do ICMS.  “Sem dúvida alguma, vamos sofrer uma dura penalização com esta legislação, que arbitrariamente desrespeita o pacto federativo, fere a Constituição”, afirmou. 

Outro ponto destacado é a falta de transparência na divulgação de dados técnicos da Receita Federal e do Tesouro Nacional sobre o valor real da alíquota do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), tributo único que a reforma quer aprovar. Caiado projeta esse número entre 35% e 37%. “Escondem essa verdade porque sabem que isso no debate, dentro do plenário, perderia apoios”, afirmou Caiado. 

Sem projeções

A falta de um texto final também é alvo de questionamentos  do governador. “A pergunta que faço é: por que o relator não apresenta pelo menos a projeção da alíquota que o povo brasileiro vai ter que pagar? Essa é a angústia de todos. Precisamos dizer a verdade para a população do quanto isso vai acarretar de despesa na sua vida.  Vai provocar desemprego, fechar pequenas e médias empresas, inviabilizar ainda mais a educação privada, a saúde, os planos de saúde, a estrutura de estados e municípios”, reafirmou. 

Caiado ainda criticou a decisão da presidência da Câmara dos Deputados em permitir que a votação ocorra de forma virtual, a distância.

“Nunca vi na minha vida uma matéria da relevância de uma Emenda à Constituição, a mais importante de todas, que mexe com a vida de todos os brasileiros, ser votada de forma virtual. O que quer dizer isso? Eles estão com medo do debate. Não tem argumentos para contrapor aquilo que estamos perguntando. Como se dará o Conselho Federativo? Qual garantia que os entes federados terão? Qual é o valor real da alíquota? Quantos por cento? Digam!”, conclamou.  

“Nunca votei algo parecido, virtual e com texto sem ser concluído em uma emenda constitucional. É algo que macula a imagem do Congresso Nacional”, asseverou Caiado. 

GED

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