Reabertura da Catedral de Notre-Dame é um marco no restauro e no uso de novas tecnologias
Projeto, no entanto, ainda não está concluído, diz especialista
Da Redação
[email protected]
Da Redação
[email protected]
A Catedral de Notre-Dame, em Paris, reabre oficialmente no dia 7 de dezembro, cinco anos após o incêndio devastador de 2019. Aline Magnien, especialista do Ministério da Cultura francês, explicou que, embora a catedral possa ser reaberta, o projeto de restauro ainda está em andamento e deve continuar até 2030. Com um orçamento de 700 milhões de euros, a restauração inclui a reconstrução do exterior e de partes essenciais, como os contrafortes e a rosácea ocidental.
A obra contou com o uso de novas tecnologias, como modelagem 3D, e colaboração entre museus e universidades, permitindo a reabertura do monumento em tempo recorde. No entanto, desafios como a remoção de andaimes danificados e a contaminação por chumbo, agravados pela pandemia de Covid-19, aumentaram os custos e os prazos do projeto.
A discussão sobre a instalação de vitrais contemporâneos gerou controvérsia, especialmente devido à remoção de vitrais históricos do século 19, que ainda estão em bom estado. A especialista defende que é necessário refletir sobre a pertinência dessas mudanças.
A partir de 8 de dezembro, o público poderá visitar a catedral, mas com agendamento prévio. A ministra da Cultura, Rachida Dati, propôs a cobrança de cinco euros por visitante, o que gerou debate sobre o acesso livre à igreja. Notre-Dame deverá receber até 15 milhões de visitantes anuais, gerando cerca de 75 milhões de euros para a preservação do patrimônio.