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Queda de 15% nas doações de leite materno em Goiânia em julho

As doações de leite materno em Goiânia caíram 15% em julho. As maternidades municipais da capital estão solicitando que as mulheres aptas se dirijam às unidades para doar.

Segundo Rogério Cândido Rocha, diretor-técnico da Maternidade Nascer Cidadão (MNC), que abriga o Banco de Leite Humano (BLH), essa queda é comum durante este mês. “Esse é um período em que muitas doadoras viajam, o que impacta diretamente no nosso banco, responsável por atender a demanda interna e as das maternidades Dona Íris e Célia Câmara”, afirmou.

As lactantes interessadas em se tornar doadoras em Goiânia devem comparecer a uma das maternidades municipais — MNC, Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI) e Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) — para realizarem um cadastro. Após isso, as unidades fornecem frascos esterilizados para a doação e agendam a coleta semanal na residência das doadoras.

Sebastião Leite, pediatra e coordenador do BLH, enfatiza a necessidade de recuperar o número de doadoras para atender à demanda mensal de 115 litros de leite humano para os bebês das três maternidades de Goiânia. “Nem todo leite doado estará apto para ser ofertado aos recém-nascidos. O leite materno, assim como qualquer alimento, pode sofrer alterações e/ou contaminações. Quando uma mãe se cadastra como doadora, realizamos uma série de exames e orientamos sobre a forma correta de extrair e armazenar o leite”.

Sebastião explica que todo o leite materno coletado pelos Postos de Coleta de Leite Humano (PCLH) e pelo BLH passa por testes e pelo processo de pasteurização, antes de ser redistribuído para as maternidades. “Hoje, a maior demanda é das maternidades Célia Câmara e Dona Iris, que são de alta complexidade e contam com Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) e Unidades de Tratamento Intermediário Neonatal (Utins). O leite humano do nosso banco garante a nutrição de cerca de 110 crianças mensalmente”, afirma.

O pediatra reforça a importância do aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade. “Há um mito de ‘leite fraco’, que não existe. O leite materno é um alimento completo, reduzindo o risco de doenças como asma, obesidade, alergias e doenças crônicas na infância e vida adulta, além de fortalecer os laços afetivos entre mãe e filho”. Sebastião menciona que a cor dourada da campanha foi estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), considerando o leite materno um “alimento de ouro”.

Imagem: Conass.org.br

GED

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