Quatro criminosos goianos estão entre os mortos na megaoperação policial no Rio de Janeiro
Governo de Goiás confirmou as identidades das vítimas, todas com passagens por tráfico de drogas e outros crimes; Caiado manifestou apoio às forças de segurança
O Governo de Goiás confirmou que quatro criminosos goianos estão entre os mortos da megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro, na última terça-feira (28). A ação, considerada a mais letal da história do estado fluminense, resultou até o momento em 119 mortes, de acordo com a Polícia Civil do Rio.
A informação foi divulgada pelo governador Ronaldo Caiado (União Brasil) em entrevista à TV Anhanguera e confirmada pela Secretaria de Comunicação de Goiás. As vítimas foram identificadas como Éder Alves de Souza, Marcos Vinicius da Silva Lima, Adan Pablo Alves de Oliveira e Rafael Resende Ferreira. Todos tinham passagens policiais por tráfico de drogas, além de outros delitos.

Segundo as investigações, os goianos estavam entre os integrantes das facções criminosas que atuavam nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio. O confronto entre as forças de segurança e os criminosos durou mais de 12 horas e mobilizou o Bope, a Polícia Civil e a Polícia Militar do estado.
Durante a ação, quatro policiais também morreram — dois sargentos do Bope e dois agentes da Polícia Civil. O número elevado de vítimas reacendeu o debate sobre a política de segurança pública e a necessidade de reforço federal no combate ao crime organizado.
Em suas redes sociais, o governador Ronaldo Caiado prestou solidariedade às famílias dos policiais mortos e elogiou a atuação das tropas. “O brasileiro não suporta mais conviver com essa total situação de impunidade. Mesmo sem o apoio do Governo Federal, nossas forças de segurança atuaram com coragem e determinação. Serão lembrados como heróis”, afirmou.
Caiado também destacou que as forças de segurança goianas continuam colaborando com informações de inteligência e integração entre estados para conter o avanço de facções. O governador deve se reunir com outros chefes do Executivo estadual para discutir medidas conjuntas de enfrentamento ao crime.
A megaoperação segue sendo investigada pelo Ministério Público e pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro, diante das denúncias de remoção de corpos e supostas irregularidades durante a retirada das vítimas da área de mata.



