Projeto assegura acesso de cão acompanhante nos espaços públicos e privados em Goiânia
A proposta será votada nesta quinta-feira, 9, na Câmara e é de autoria da vereadora Sabrina Garcez
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Então, conviver com os pets torna a vida mais alegre e divertida. Quem tem pet em casa sabe como é encontrá-lo após um dia difícil e cansativo. Mas você sabia que existe um ramo da medicina que estuda o benefício dos animais na recuperação de doenças? A Zooterapia!
A Zooterapia também conhecida como Terapia Assistida por Animais, é uma técnica de reabilitação e reeducação física, psíquica, social e sensorial onde animais são usados como assistentes. Especialistas explicam que quando em contato com os bichos, o ser humano ativa o sistema límbico, responsável pelas emoções mais instintivas. Causando assim a liberação de endorfinas, gerando a sensação de tranquilidade e bem-estar.
Tratamento
É comum em vários hospitais, os pacientes em estados graves e terminais receberem visita dos cachorros. A Terapia Assistida por Animais é um projeto de extensão da Universidade Federal de Goiás (UFG), que tem o intuito de levar os animais aos hospitais para melhora no tratamento dos pacientes. “O projeto @taaufg atua especificamente com pacientes hospitalizados. No caso do projeto da EVZ e da FM cães, que passam por avaliação comportamental e avaliação de saúde, são levados a hospitais de Goiânia e Aparecida de Goiânia levando uma interação diferente do cotidiano e consequentemente distração e conforto aos pacientes, acompanhantes e também a equipe hospitalar”, é o que explica a professora da UFG, Kellen de Sousa.
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Projeto
De autoria da vereadora Sabrina Garcez (Republicanos), proposta vai em primeira votação nesta quinta-feira, 10, na Câmara Municipal de Goiânia, e tem o intuito de assegurar as pessoas portadores de deficiência mental, intelectual ou sensorial o direito de ingressar em locais públicos e privados com a companhia de um cachorro de apoio emocional.
Questionada sobre como o projeto pode melhorar a vida dessas pessoas, Sabrina responde: “Ainda não há legislação voltada para o cão de apoio emocional causando enorme transtornos às pessoas com deficiência que precisam recorrer à justiça para conseguir o direito de ingressas em locais públicos e privados na companhia de seus animais”.
Importante, o cachorro para apoio emocional deve ser treinado comprovadamente por instituição ou profissional autônomo. O cão precisa de certificação e as famílias de acolhimento que recebem os cães durante a fase de socialização e adaptação do animal a convivência humana precisam estar credenciadas devidamente.
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Pioneirismo
Há mais de 25 anos, trabalha com Zooterapia e na área zooterapeuticas voltadas para o ensino, pesquisa e para melhora na qualidade de vida do ser humano, a professora Drª. Maria de Fátima Martins é pioneira no desenvolvimento e na intervenção assistida por animais.
“O que tem que ficar bem claro é que os animais são utilizados na intervenção e em muitos níveis de cuidados. Eles atingem todas as faixas etárias, na reabilitação, na comunicação, então essa intervenção de animais é baseada na ideia do vínculo homem e animal”, esclarece.
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“Desde que ele seja adestrado”, não há dúvidas que o tratamento é totalmente eficaz, porém é preciso salientar, é necessário comprovar que esses cães são de apoio emocional. “Entre os animais de serviço mais famosos você tem o cão-guia, o cão da polícia, são cachorros treinados para auxiliar na rotina deles. Então eles ajudam em caminhada na rua, dentro de casa e até no trabalho, mas precisa de toda uma documentação”.
Por sim, a professora explica a diferença entre o animal de assistência emocional e o animal de serviço. ” O animal de assistência emocional ele passou por um tratamento, ele está sempre junto e faz uma atividade lúdica com a criança. O animal de serviço é aquele da pessoa com deficiência auditiva ou visual, quer dizer ele treinado profissionalmente para atender necessidades especiais, pontua.