Presidente da ACIRLAG se frustra após novo decreto do governo
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O presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial da Região Leste de Aparecida de Goiânia (ACIRLAG), Maione Padeiro se sentiu frustrado sobre as medidas de contingência do Governo Estadual no combate a infestação do coronavírus. Para a ele, o novo decreto anunciado pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) é prejudicial ao setor empresarial. “Entendemos o posicionamento técnico do governador, que inclusive é médico, mas esta medida acabou deixando o comerciante muito mais apreensivo com a renovação deste decreto. Eles querem trabalhar, não querem receber benefícios do governo e nem fazer empréstimos”, defende Maione.
O governador disse em coletiva nesta sexta-feira, dia 3, que prorrogou o decreto de quarentena em função da pandemia do novo coronavírus até o dia 19 de abril. “É muito tempo para os empresários que precisam honrar seus compromissos como manter a folha de pagamento e evitar demissões”, acrescenta o presidente da ACIRLAG.
A partir do novo decreto n° 9.645, que já está publicado no Diário Oficial do Estado, continua permitida a abertura de borracharias, oficinas, lanchonetes e restaurantes instalados em postos de combustíveis, se situados às margens de rodovia; lojas de autopeças; e ainda estabelecimentos que estejam produzindo exclusivamente equipamentos e insumos para auxílio no combate à pandemia.
Também está prevista a retomada de feiras livres de hortifrutigranjeiro, mas está proibido o funcionamento de restaurantes ou praças de alimentação bem como o consumo de produtos no local. Profissionais liberais podem abrir seus escritórios, contudo, continua vedado o atendimento presencial ao público. Já cartórios extrajudiciais estão autorizados a funcionar, observando as normas editadas pela Corregedoria-Geral da Justiça do Estado de Goiás. “Todo setor empresarial esperava uma maior sensibilidade do governador. Foi uma flexibilização muito tímida”, analisa Maione.
Ele lembra que muitos comerciantes e vários setores sofrem maior impacto como a rede de motéis em Aparecida, salão de beleza, barbearia, lojas de bairros e as distribuidoras de bebidas (segundo ele, atividade muito discriminada) e outros comércios, que estão funcionando de forma clandestina para sobreviver. “Já está havendo demissões, e se nada for feito de imediato a situação pode ficar pior”, alerta Maione.
Ele elogiou a luta de todas as entidades classistas, que inclusive se comprometeram a reabrir as empresas com a devida segurança, evitando aglomerações, garantindo a segurança de seus funcionários e clientes. “Temos entidades fortes, dispostas a negociar com o governo, esperamos que ele tenha maior sensibilidade com este setor, que gera emprego e renda”, concluiu.