As propostas do candidato a governador da Coligação Novas Ideias, Novo Goiás (MDB, PP, PRB e PHS), Daniel Vilela, receberam elogios dos empreendedores de Anápolis, durante sabatina com o setor produtivo realizada na Associação Comercial e Industrial de Anápolis (Acia). Além dos elogios do auditório lotado, o próprio presidente da Acia, Anastacios Dagios, afirmou: “As propostas de Daniel soam como música para os ouvidos do setor produtivo de Goiás. Muito boas”. O candidato defendeu um governo com maior diálogo com os empreendedores e garantiu que Anápolis terá uma atenção especial, caso eleito, devido à importância estratégica do município para a economia do Estado.
Para um auditório lotado de lideranças do meio empresarial e representantes da sociedade civil anapolina, Daniel apontou propostas para criar um ambiente propício para trazer mais investimentos para Goiás e gerar renda, por meio de uma simplificação tributária, segurança jurídica, desburocratização da máquina pública e prestação mais eficiente de serviços. “Quem financia o setor público é quem produz, quem trabalha. Então o Estado não pode prejudicar justamente quem o sustenta. Tem que haver uma via de mão dupla, com muito diálogo e medidas que tragam eficiência, visando sempre o bem estar da população”, afirmou Daniel, destacando também a necessidade do governo dar uma atenção diferenciada ao setor produtivo do município. “Anápolis é e sempre será uma das locomotivas do crescimento de Goiás e tem que ser tratada como tal”, acrescentou.
Diante das inúmeras reclamações do empresariado local em relação ao atual governo, que comprova o distanciamento que a gestão tomou do setor produtivo, Daniel se comprometeu a tomar decisões compartilhadas, visando criar um ambiente propício para a retomada do desenvolvimento do Estado. “Não dá mais para o Estado reajustar tributos para cobrir o buraco criado pela irresponsabilidade fiscal do governo. Aumentaram no final do ano passado a cobrança de ICMS e logo depois instituíram o Difal (Diferença de Alíquota de ICMS) para empresas optantes pelo Simples. Tudo isto sem diálogo algum com o setor produtivo e num momento de crise aguda, com as empresas lutando para sobreviver e não eliminar postos de trabalho”, criticou Daniel.
“Precisamos de instituir uma gestão fiscal mais responsável, visando equilibrar as contas para retomar a capacidade de investimento. Hoje Goiás não investe um centavo de recursos próprios, depende integralmente de financiamento externo”, relatou o candidato, lembrando que outras unidades da federação, como o Ceará, conseguiram equilibrar as contas e contam hoje com cerca de R$ 2 bilhões em caixa por ano para investimentos. “Casos como este mostram que é possível o Estado retomar a capacidade de investimento e criar um ciclo virtuoso de crescimento”.
Daniel ouviu de um dos diretores da Acia um relato que corrobora a tese do governo travado e ineficiente. O empreendedor contou que espera há 5 anos licenças para um grande empreendimento na região do Entorno do Distrito Federal, que poderia gerar mais de uma centena de empregos, mas só tem encontrado dificuldades por parte do Estado sem uma justificativa do ponto de vista legal. Daniel respondeu que uma de suas plataformas é a digitalização dos processos, por meio de plataformas inteligentes e utilização de Big Data, para que a emissão de licenças ocorra em poucas semanas, sem a necessidade de um trâmite burocrático tão longo e utilizando informações de satélite e dados colhido pelos fiscais, que vão alimentar e gerir o banco de dados. “Vamos digitalizar os procedimentos e deixá-los ao alcance da palma da mão, por meio de um smartphone ou de um notebook. Excesso de burocracia é algo que não cabe neste século”.
Redução de tributos
Segundo Daniel, a política de responsabilidade fiscal permitirá no longo prazo a redução de impostos para determinados setores estratégicos, condicionados a metas de arrecadação. “Uma política de corte de tributos, se bem executada e com com metas claras de arrecadação, ao final pode resultar em mais receita para o Estado, devido à dinâmica da economia. Existem casos bem sucedidos que podem servir de inspiração”, disse o candidato. Daniel também se comprometeu a eliminar pastas que estão repletas de servidores comissionados mas sem função administrativa, além de recriar a Secretaria de Indústria e Comércio e uma pasta para o agronegócio. “São áreas simbólicas para nosso Estado. O fim destas duas secretarias gera prejuízos para Goiás”, afirmou.
Os empresários reunidos na Acia reclamaram muito das obras paradas ou entregues sem a devida função no município, como o Aeroporto de Cargas, o viaduto do Daia e até o Centro de Convenções. Daniel fez o compromisso de, caso eleito, lançar novas obras somente após finalizar as que estão pendentes da atual gestão. “Toda eleição este governo adota a mesma prática. Correm para lançar diversas obras e depois param tudo, esperando a próxima eleição para retomá-las e entregá-las inacabadas. Nós vamos adotar uma gestão responsável e vamos finalizar as obras deles, além de assumir o compromisso de entregar tudo que começarmos. E funcionando”, disse Daniel, lembrando que o Centro Cultural Oscar Niemeyer, inaugurado em 2006, até hoje não funciona plenamente e já passa por uma reforma.
Uma comprovação do não cumprimento das propostas do grupo político que governa Goiás há 20 anos foi o depoimento do presidente da Acia, que revelou que nas últimas eleições tem repetido as mesmas perguntas para os candidatos. “Na última eleição eu até revelei, após os candidatos terem participado das sabatinas, que eram as mesmíssimas perguntas da eleição anterior. As pessoas ficaram surpresas, pois isto demonstra que tudo que todas as demandas que foram colocadas na ocasião não saíram do papel”, afirmou Anastacios. Temas como os graves problemas de abastecimento de água na cidade, o viaduto do Daia, simplificação tributária, dentre outros, seguem ano após ano sem solução, apesar das reiteradas promessas.