Prefeitura de Goiânia abastece mais de 5 mil armadilhas para combate ao Aedes aegypti
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A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), intensificou as ações de combate à dengue no município, com o serviço de abastecimento e manutenção de 5.052 armadilhas, realizado por equipes de Agentes de Combate às Endemias (ACEs).
Segundo o supervisor distrital Benedito Rodrigues, as armadilhas são fundamentais para reduzir o avanço da dengue, zika e chikungunya, porque atraem e contaminam as fêmeas do mosquito. “As fêmeas do Aedes aegypti têm um padrão de reprodução que envolve a postura de ovos em vários locais diferentes para reduzir riscos à prole. A armadilha atrai esses mosquitos para pequenos recipientes com água, onde a fêmea pousa em uma tela flutuante e é contaminada com larvicida”, explica Rodrigues.
“A fêmea deposita ali parte dos ovos, que têm as pupas e larvas eliminadas pelo produto, e voa pelas proximidades para continuar a postura. Então, todos os locais próximos que são utilizados para a reprodução ficam contaminados, o que impede o desenvolvimento das larvas”, explica o supervisor. De acordo com a SMS, Goiânia tem ao todo 8.972 armadilhas instaladas.
O secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizzer, afirma que o cronograma de manutenção dos dispositivos prioriza áreas com maior incidência da doença. “Nós iniciamos a manutenção pelos locais com maior número de casos prováveis de dengue, buscando reduzir a proliferação do vetor da doença”, destaca. “Nossas equipes abastecem as armadilhas com o larvicida, pastilhas de atração e o refil das telas, deixando o item em pleno funcionamento”, disse o secretário.
As armadilhas funcionam como dispersoras de partículas de larvicida que ficam depositadas em uma espécie de balde preto, preenchido com água e um odor que atrai a fêmea em época de postura de ovos. Ao ser atraída, ela deposita os ovos em uma rede contaminada com um fungo que mata as larvas. Todos os mosquitos que pousam na armadilha são enfraquecidos e morrem também. Mas, antes, eles espalham larvicida por onde passam e matam larvas em locais de reprodução nas proximidades.
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Casos
A SMS registrou, nas cinco primeiras semanas do ano, 1.689 casos confirmados de dengue em Goiânia. A capital tem quatro mortes em investigação e nenhum óbito comprovadamente causado pela doença. O município teve, no período, 11 casos registrados de chikungunya. Os locais com maior incidência de casos prováveis de dengue são os distritos sanitários Sudoeste (169 casos a cada 100 mil habitantes), Sul (158 casos/100 mil habitantes) e Campinas-Centro (129 casos/100 mil habitantes).
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Segundo Egídio Santos, morador do Jardim América que recebeu uma equipe de ACEs nesta quinta-feira (6/2) para a manutenção da armadilha, o mecanismo tem mantido a família protegida. “Mesmo que haja água por causa das chuvas, nós não encontramos mais nenhuma larva do mosquito aqui em casa. Por isso, nós temos todo o cuidado com a armadilha, é muito importante”, disse.
Secretaria Municipal de Saúde (SMS) – Prefeitura de Goiânia