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Políticos e servidores são suspeitos de forjar documentos para dar indevidamente benefícios para reforma de casas a 300 pessoas

A Polícia Civil investiga uma associação criminosa suspeita de fraudar documentos para dar benefícios para reforma de casas a 300 pessoas em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Segundo o delegado Danillo Victor Nunes, o grupo é formado por servidores e políticos do município, que teriam feito a liberação indevida de cerca de R$ 1 milhão.

“Descobrimos que pessoas que não cumpriam os requisitos exigidos pela lei estavam sendo beneficiadas por programa social do governo do estado. Programa esse que seria para beneficiar pessoas de baixa renda”, afirmou.

Os nomes dos investigados não foram divulgados pela autoridade policial.

A operação “Cártula Negra” foi deflagrada na quarta-feira (8), quando foram cumpridos três mandados de busca e apreensão no endereço de três suspeitos. De acordo com as investigações, o grupo fraudava informações no sistema da Agência Goiana de Habitação (Agehab) para conseguir cadastrar pessoas no programa “Habitar Melhor”, gerido pelo órgão.

 Em nota, a Agehab informou que colabora com as investigações. A agência disse ainda que “as práticas investigadas referem-se ao ano de 2018, ainda na gestão anterior. Tão logo assumiu em 2019, a atual gestão decidiu suspender a maneira de operação da modalidade reforma, justamente, para evitar fraudes”.

De acordo com as investigações, depois de fraudar as informações, o grupo conseguia cadastrar e liberar o benefício social para pessoas que não cumpriam os requisitos legais para serem contempladas. A polícia apurou que foram beneficiados empresários, parentes de políticos, servidores responsáveis por operar o programa e até pessoas mortas.

 “Apuramos ainda que eles também utilizavam dessas fraudes para ocasionar a não liberação do pagamento para pessoas que faziam jus ao benefício, que realmente precisavam”, afirmou o delegado.

Conforme a polícia, as investigações continuam com o objetivo de apurar se tinham outros benefícios fraudados e também verificar se a fraude atingia outras cidades do estado. Os investigados podem responder pelos crimes de peculato, associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações.

GED

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