Polícia Civil de Goiás prende dois suspeitos em operação contra golpe do falso investimento

Ação integrada com Pernambuco resultou em prisões e mandados cumpridos; uma pessoa segue foragida
Por Ana Lucia
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Uma megaoperação da Polícia Civil movimentou o combate ao crime digital ontem (01/10) em Goiás e Pernambuco. A ação, coordenada pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc), mirou uma organização criminosa especializada no chamado “golpe do falso investimento”. Ao todo, foram cumpridos três mandados de prisão temporária, três de busca e apreensão e seis de afastamento de sigilo bancário.
Dois investigados foram presos durante a operação, enquanto um terceiro segue foragido. A ofensiva contou com o apoio direto da Polícia Civil de Pernambuco, já que parte das medidas cautelares precisou ser executada naquele estado.
Segundo as apurações, o grupo criminoso teria movimentado mais de R$ 642 mil em prejuízos a vítimas, que acreditavam estar aplicando em corretoras legítimas.
Para dar credibilidade ao golpe, os estelionatários induziam os alvos a baixarem aplicativos e acessarem plataformas falsas de investimentos, todas desenvolvidas para simular operações reais do mercado financeiro.
De acordo com os investigadores, a associação criminosa funcionava de forma organizada, com pelo menos dois núcleos:
Engenharia social: responsável por atrair e convencer as vítimas a realizarem depósitos.
Operacional e financeiro: encarregado de criar e administrar as chamadas “empresas de fachada”, usadas para receber os valores transferidos.
Essas empresas eram abertas com nomes e objetos sociais falsos, passando a impressão de legalidade e dificultando a identificação da fraude.
O caso começou a ser investigado após uma vítima comprovar que havia transferido os R$ 642 mil para contas ligadas ao grupo. O aprofundamento das diligências permitiu mapear a atuação da quadrilha e identificar suspeitos.
A Polícia Civil informou que as investigações prosseguem com o objetivo de localizar o foragido, identificar novos envolvidos e ampliar a lista de vítimas. O órgão também alerta a população sobre os riscos de investir em plataformas digitais sem checar previamente sua regularidade junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).