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Polícia Civil de Goiás prende 32 suspeitos de golpe virtual milionário

Operação desarticulou quadrilha que movimentou R$ 164 milhões em fraudes digitais

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) realizou, nesta quinta-feira (10), a maior operação contra golpes virtuais já realizada no estado, com a prisão de 32 pessoas suspeitas de integrar um esquema criminoso que faturou R$ 164 milhões em um ano e meio. As investigações apontam que o casal de goianos, considerado o mentor da quadrilha, foi preso em uma cobertura de alto padrão na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Segundo a delegada Bárbara Buttini, adjunta da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc), os criminosos compravam dados de terceiros na Dark Web e utilizavam “laranjas” para movimentar grandes quantias obtidas por meio de furtos bancários e transações fraudulentas com cartões e contas alheias. Para dificultar o rastreamento do dinheiro, o grupo criou diversas empresas de fachada virtuais para pulverizar os valores.

“A quase totalidade dos presos são pessoas da alta sociedade, que vivem em condomínios fechados e circulam em carros de luxo. Todo o dinheiro obtido foi usado para compra de imóveis, veículos e para manter o padrão de vida dos envolvidos. Por isso, a justiça decretou o sequestro de R$ 112 milhões em bens”, explicou a delegada.

O casal goiano preso no Rio de Janeiro movimentou sozinho cerca de R$ 16 milhões em pouco mais de um ano. A mulher, que mantinha uma loja virtual de roupas de fachada, é uma conhecida blogueira.

As prisões ocorreram em Goiânia, Goianira, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Abadiânia, Estrela do Norte, no Rio de Janeiro e no Distrito Federal. A operação contou com 180 policiais e cumpriu 42 mandados de busca e apreensão, resultando na apreensão de impressoras para fabricação de documentos falsos, computadores, celulares, máquinas de cartão e softwares.

A perícia no material apreendido deve ajudar a identificar outros envolvidos no esquema, que surpreendeu pela complexidade e grandiosidade, segundo a delegada. A investigação não descarta a participação de mais pessoas no grupo criminoso.

GED

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