Economia & Negócios

Pix movimenta R$ 85 trilhões em cinco anos e se consolida como o sistema de pagamentos de crescimento mais rápido do mundo

Modalidade já alcança 93% dos adultos no Brasil, supera cartões de crédito e deve fechar 2025 com quase 8 bilhões de transações por mês

No ritmo acelerado que marca a economia digital brasileira, o Pix chega ao seu quinto aniversário com números que impressionam até analistas globais. Desde o lançamento, no fim de 2020, até setembro deste ano, foram 196,2 bilhões de transações e R$ 84,9 trilhões movimentados — o equivalente a mais de sete vezes o PIB nacional registrado em 2024. A projeção do setor é de que, até dezembro, o sistema atinja 7,9 bilhões de operações mensais, impulsionado pelas compras de fim de ano, consolidando o Pix como o método de pagamento instantâneo de adoção mais rápida do mundo.

O estudo, elaborado pelo Ebanx com base em dados do Banco Central, IBGE e da autoridade indiana de pagamentos, reforça a notoriedade internacional da ferramenta criada pelo BC. Mesmo o UPI indiano, inspiração direta do Pix, levou mais de seis anos para se aproximar do volume mensal que o sistema brasileiro deve alcançar ainda em 2025.

Para João Del Valle, CEO e cofundador do Ebanx, essa expansão recorde se explica, sobretudo, pela simplicidade. Segundo ele, o Pix se tornou “a porta de entrada para a economia digital”, especialmente para milhões de brasileiros que antes estavam fora do mercado de pagamentos eletrônicos. Hoje, 93% da população adulta já utiliza o serviço, índice superior ao número de pessoas que possuem cartão de crédito no país.

Essa adesão maciça também transformou o comportamento das empresas. Dados da pesquisa revelam que companhias globais que passaram a oferecer Pix como forma de pagamento registraram aumento médio de 16% na receita e crescimento de 25% na base de clientes em apenas seis meses. A tendência é de novas altas, agora turbinadas por ferramentas como o Pix Automático, que permite pagamentos recorrentes mesmo sem cartão — e já é usado por 74% dos novos consumidores de e-commerce analisados pelo estudo.

O Pix também passou por uma mudança significativa de perfil. Antes dominado por transferências entre pessoas físicas, o sistema agora tem volume maior de transações entre pessoas e empresas. A relação se inverteu em 2024 e se aprofundou neste ano, mostrando que o meio de pagamento deixou de ser apenas uma solução rápida para envio de dinheiro e se tornou peça central do varejo eletrônico e físico.

À medida que novas funcionalidades chegam e que o Banco Central prepara mecanismos de segurança reforçados, o Pix segue se consolidando como um dos principais motores da inclusão financeira e da digitalização da economia brasileira.

GED

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