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Pix ganha botão de contestação: entenda como funciona e as novidades do sistema em 2025

Por Ana Lucia
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Nova ferramenta permite bloquear valores em casos de fraude e reforça segurança das transações; Pix também terá modalidades por aproximação, automático e, futuramente, parcelado.

Recurso contra golpes

Desde 1º de outubro de 2025, os brasileiros passaram a contar com o botão de contestação do Pix, disponível nos aplicativos bancários e nos extratos de transações. O recurso possibilita que o usuário bloqueie de forma imediata valores transferidos em casos de fraude, golpe ou coerção, reforçando o Mecanismo Especial de Devolução (MED).

Embora não garanta a devolução integral, o botão aumenta muito as chances de recuperação do dinheiro, já que acelera o bloqueio na conta do golpista.

Como funciona o botão

  1. O usuário identifica a transação suspeita no extrato.
  2. Aciona o botão de contestação.
  3. O banco bloqueia imediatamente os valores ainda disponíveis na conta de destino.
  4. A instituição analisa se há indícios de fraude.
  5. Confirmada a irregularidade, o valor é devolvido ao pagador.

📍 Prazo: a contestação deve ser feita em até 80 dias após a transação.
📍 O banco tem até sete dias corridos para concluir a análise.

Situações de arrependimento de compra, erros de envio ou desacordos comerciais não entram automaticamente no mecanismo — serão avaliadas caso a caso.

Avanço na proteção do usuário

Especialistas apontam que a novidade representa uma camada extra de defesa contra golpes. Segundo a Abradeb, o recurso traz mais previsibilidade e dificulta a lavagem rápida do dinheiro por criminosos.

Ainda assim, o Banco Central criou regras rígidas para evitar abusos, exigindo indícios claros de fraude e análise criteriosa das instituições.

Outras novidades do Pix em 2025

🔹 Pix por aproximação (desde fevereiro): permite pagar encostando o celular na maquininha, sem QR Code. Já disponível em lojas físicas e e-commerces.

🔹 Pix automático (desde junho): ideal para contas recorrentes (água, energia, academia, streaming), funcionando de forma parecida ao débito automático, mas sem necessidade de convênios entre bancos e empresas.

🔹 Validação com a Receita (desde julho): bancos precisam checar as chaves Pix com o CPF/CNPJ na Receita Federal, reforçando a prevenção contra fraudes.

🔹 Pix parcelado (adiado): previsto para este ano, foi adiado pelo Banco Central. A ideia é permitir dividir compras em parcelas via Pix, com crédito concedido pelo banco, beneficiando consumidores sem cartão de crédito.

GED

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