Passagem do transporte coletivo pode ficar mais barata com reformulação do sistema em Goiânia

O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), detalhou, em entrevista à Sagres, que a gestão municipal está trabalhando para realizar uma reformulação do sistema de transporte público da capital. Segundo o prefeito, existem estudos técnicos em execução para que os problemas do transporte coletivo possam ser resolvidos em Goiânia e nos 18 municípios que compõem a região metropolitana.
“Essa reformulação já está sendo feita, já está sendo discutida entre os técnicos da Prefeitura de Goiânia, os técnicos do governo do Estado e representantes dos prefeitos da região metropolitana, principalmente com o prefeito de Goianira, Carlão da Fox, que representa a Associação Goiana dos Municípios (AGM). Esse momento é entre nós. Nem eu estou, são os técnicos. Mas depois que estiver tudo resolvido, tudo planejado, tudo já apresentado, aí chamaremos os prefeitos para perto para discutirmos o assunto para saber se os prefeitos concordam ou discordam de algum ponto ou não”, explicou.
Uma das medidas que Rogério Cruz considera importante é a mudança no preço das passagens. Para o prefeito, o valor pode ser reduzido para quem utiliza o transporte público dentro da capital.
“Como pode um cidadão na Praça do Trabalhador pegar um transporte até o Terminal Isidória e pagar R$ 4,30? Esse mesmo cidadão pegar um transporte da Praça do Trabalhador e para Bela Vista e pagar também R$ 4,30? Então, eu penso em aumentar o transporte? Não, o ideal será manter os R$ 4,30 e reduzir o preço para quem anda em Goiânia. O estudo está sendo feito para isso, e é uma maneira de trazer uma sociedade mais justa para uma capital que está em crescimento, em desenvolvimento, não é fazer o pobre andar de ônibus, é fazer o rico deixar o carro em casa e andar de ônibus, de transporte público. Você vê a igualdade aí”, frisou.

Subsídio

O prefeito de Goiânia explicou ainda que poderá haver um financiamento público do transporte e já estão realizados estudos que podem viabilizar essa medida.
“O subsídio, na verdade, pode acontecer de várias formas. Exemplo, vamos supor que hoje nós temos no Centro a área azul. Acho que não traz nenhum benefício à população e tampouco para o município. Mas vamos pensar na tecnologia, e já estamos trabalhando para isso, como parquímetros. Isso dá condições de termos o controle, porque é tudo digital, não tem mais a questão de usar o dinheiro, é tudo através do smartphone, ele consegue fazer o parqueamento do automóvel e o dinheiro ir para os cofres públicos. Isso é um trabalho junto com a Secretaria de Mobilidade”, afirmou.
Nesse sentido, a gestão municipal também busca alternativas para geração de receita, como a criação de um estacionamento vertical.
“Podemos criar e temos projetos para isso, estacionamentos verticais também trazem lucros para o poder público, e eu tenho interesse em trabalhar com isso. Já conversamos com alguns empresários.
E quando se fala de tratamento entre prefeituras e governo do Estado, acho que todo diálogo é válido. Foi com esse diálogo que iniciamos a conversa com o governador, com os técnicos do município e do Estado, e já estamos com representante dos municípios, estamos analisando todos juntos”, argumentou Rogério Cruz.