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Os sinais de reaquecimento da economia

Maione Padeiro é presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial da Região Leste de Aparecida de Goiânia (ACIRLAG)

Apesar da crise persistente na economia, que ainda não foi equacionada pelo Governo federal comandado na área econômica pelo ministro Paulo Guedes, os últimos números da geração de emprego no país servem de alento e podem indicar o início do reaquecimento da economia brasileira, o que é esperado por todos. Ainda é cedo para detectar o motivo principal, mas especula-se algum efeito oriundo da reforma trabalhista e o encaminhamento da reforma da Previdência Social no Congresso Nacional.

De qualquer modo, o fato é que, pelo quinto mês consecutivo, o Brasil teve um saldo positivo na geração de emprego formal. Em agosto, o número de vagas adicionais no mercado de trabalho chegou a 121.387, que é o saldo positivo decorrente 1.382.407 admissões e de 1.261.020 desligamentos, segundo informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na quarta-feira (25/9) pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
O resultado de agosto representa uma variação de 0,31% em relação ao mês anterior. Tímido, porém foi o melhor resultado para o mês de agosto desde 2013. No acumulado de 2019 foram criados 593.467 novos postos de trabalho, com variação de 1,55% do estoque do ano anterior. No mesmo período de 2018 houve crescimento de 568.551 empregos.
Entre os principais setores da economia, quatro tiveram saldo positivo de emprego e em dois houve mais fechamento de vagas no mês encerrado em agosto. Lidera o número de empregos gerados a área de serviços (61.730 postos), seguida por comércio (23.626), indústria de transformação (19.517), construção civil (17.306), administração pública (1.391) e extrativa mineral (1.235). Apresentaram saldo negativo a agropecuária (-3.341 postos) e os serviços industriais de utilidade pública/SIUP (-77 postos).
Talvez sejam os efeitos da reforma trabalhista que começam a aparecer, indicando que a mudança na legislação traga algum avanço na melhoria do nível do trabalho. Com base nas regras da reforma trabalhista, que permite acordo de demissão entre patrões e empregados, o Caged registrou no mês de agosto um total de 18.420 desligamentos nessa modalidade, que representa 1,5% do total envolvendo 13.351 estabelecimentos, em um universo de 12.105 empresas.
O mês de agosto também registrou 12.929 admissões e 6.356 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente, em que o empregado fica à disposição do empregador, mas só recebe quando é convocado a trabalhar. Esse tipo de contratação gerou, no mês passado, um saldo de 6.573 empregos, envolvendo 3.239 estabelecimentos e 2.830 empresas contratantes. Um total de 85 empregados celebrou mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente.
Foram registradas em agosto 7.804 admissões em regime de tempo parcial e 5.154 desligamentos, gerando saldo de 2.650 empregos, envolvendo 4.211 estabelecimentos e 3.583 empresas contratantes. Um total de 44 empregados celebrou mais de um contrato em regime de tempo parcial.
Nesse cenário de incerteza, o que todos queremos é que a economia se aqueça. O Brasil precisa gerar emprego, aumentar a renda do trabalhador, que afinal é quem consome e mantém a roda da economia girando. Aparecida de Goiânia tem dado sua contribuição para a recuperação da economia goiana e do Brasil, afinal nas duas últimas décadas nosso município vem passando por uma grande transformação, deixando de ser uma cidade-dormitório e se consolidando no cenário nacional de negócios.
Segundo maior município de Goiás, com mais de 500 mil habitantes, Aparecida de Goiânia está tornando-se um município empresarial, industrial e universitário, com foco também no turismo de negócios. É significativo o crescimento do número de empresas e somos destaque nacional na geração de empregos e aumento do número de faculdades públicas e privadas. Não por acaso, Aparecida conquistou em 2017, segundo dados do Caged, o posto de segunda cidade que mais gerou emprego em todo o país, atrás apenas de Joinville (SC).  Em 2018, no ranking final, o município teve saldo positivo de 1.600 novas vagas criadas.
A Associação Comercial, Industrial e Empresarial da Região Leste de Aparecida de Goiânia (ACIRLAG) é parceira e indutora do desenvolvimento de Aparecida de Goiânia. Estamos sempre visitando, conversando e oferecendo apoio às iniciativas de geração de emprego no nosso município, especialmente na Região Leste da cidade, pois sabemos que cada posto de trabalho criado significa mais uma família protegida do fantasma do desemprego.
Maione Padeiro é presidente da ACIRLAG (Associação Comercial, Industrial e Empresarial da Região Leste de Aparecida de Goiânia).

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