“O cidadão não quer saber se é situação ou oposição, mas se é capaz de resolver o problema”, afirma deputado Thiago Albernaz

O deputado estadual Thiago Albernaz (SD) reafirmou nessa terça-feira, em entrevista na Rádio Bandeirantes, a independência de sua atuação na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) ao avaliar que “o cidadão, o eleitor de hoje, com essa postura mais crítica e consciente, já não quer saber mais se você é situação ou oposição, mas se é capaz de resolver o problema”.

Albernaz declarou ainda que continuará, no segundo semestre, se pautando conforme os anseios da juventude que representa. “Elogio boas iniciativas do governo estadual, como a de compliance, e oposição naquilo que não concordar ou for prejudicial aos goianos”, declarou ao se posicionar contrariamente à possibilidade de redução de carga horária e consequente diminuição de salários do servidor, com a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF).

“Não é só capital político que temos que discutir, isso é velha política.  Temos que ter responsabilidade, fui eleito por essa juventude que não quer mais essas velhas posturas. Imagine como ficará o servidor que deixará de ter suas contas pagas? Estamos discutindo pautas econômicas que não precisam chegar a esse ponto, precisamos debater de forma crítica e independente”, completou.

O deputado disse ainda ser favorável à possibilidade de privatização de companhias goianas, como a Saneago, desde que isso ocorra de forma responsável. “Temos que perguntar não só a privatização, sou favorável ao Estado cada vez menos executor, mas sem abrir sua participação em algumas áreas, mas é preciso estudar também a forma, os contratos, debater a fundo para ter a certeza que os serviços chegarão a todos.”

Difal

Durante a entrevista, Thiago Albernaz disse ainda esperar que o projeto de sua autoria que susta a cobrança da diferença de alíquotas (Difal) para micro e pequenas empresas seja aprovado, devolvendo segurança jurídica aos pequenos empreendedores. Para o deputado, é preciso mudar a estratégia adotada pelos governos para aumentar a arrecadação, adotando como foco o incentivo a geração de negócios e empregos.

“Temos discutido, nesse primeiro semestre, que de fato nós precisamos aquecer a economia não com viés de arrecadação, mas de incentivo, de poder proporcionar um ambiente de negócios mais saudável”, destacou.

Albernaz disse ter ciência da dificuldade financeira enfrentada pelo Executivo e que pretende desenvolver propostas de melhorias no ambiente de negócios para que ele se torne “mais saudável”. Ele assegurou também que busca acordos com o governo estadual em relação a cobrança feita para produtos industrializados e destacou o apoio recebido por entidades empresariais e de empresários de todas as regiões goianas.