Nova Audiência no TRT-GO Tenta Evitar Greve de Motoristas do Transporte Coletivo em Goiânia

Representantes dos trabalhadores do transporte coletivo e das empresas responsáveis pelo sistema da Grande Goiânia voltam a se reunir nesta segunda-feira (30), no Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-GO). A audiência de mediação busca um entendimento entre as partes e pode ser decisiva para evitar a greve da categoria, prevista para começar à meia-noite de terça-feira, 1º de julho, caso não haja acordo.
A primeira tentativa de conciliação ocorreu na última quinta-feira (26), mas terminou sem avanços concretos. A pedido da Justiça do Trabalho, o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo (Sindicoletivo) suspendeu temporariamente a paralisação e aceitou aguardar nova rodada de negociações.
Segundo relatos de motoristas, a tendência é que, se não houver avanços nas negociações, a greve deverá ser consolidada. “Na minha avaliação, já deu o que tinha que dar. Estamos há meses negociando o reajuste e não há sucesso. Não vai ser agora que vão atender nossas demandas”, afirmou uma liderança do movimento. “Acho que se as negociações não melhorarem muito, a greve será inevitável”, alertou.
Os trabalhadores reivindicam reajuste de 10% nos salários e 15% no vale-alimentação para evitar a greve. Até o momento, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo (SET) apresentou proposta de 5,36%, sendo apenas 0,5% de ganho real, segundo o Sindicoletivo. Durante a mediação anterior, o Ministério Público do Trabalho e o TRT sugeriram que as empresas cheguem a um reajuste mínimo de 7,5%.
O Sindicoletivo afirma que está disposto a negociar, mas mantém o indicativo de greve caso não haja avanço. A paralisação pode afetar o transporte público de Goiânia e de toda a região Metropolitana, impactando milhares de usuários. Na última sexta-feira (27), o advogado que representa a entidade, Nabson Santana, destacou que o adiamento da greve só foi possível diante do pedido da Justiça do Trabalho. “Eles [os motoristas] estão relutantes, mas disseram que vão discutir com as empresas e o poder público para tentar chegar pelo menos a esse patamar [sugerido pela Justiça]”, explicou o advogado.