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Mulheres inspiradoras; conheça história de personalidades referência na valorização da feminina

Março é o mês dedicado às mulheres e as reflexões sobre os avanços da sociedade contemporânea acerca da igualdade de gênero. Conquistas na política, no esporte, no empreendedorismo, na ciência e cultura, por exemplo, são celebradas, mas infelizmente a violência tem pautado parte dos debates. Veja abaixo um pouco da história de mulheres que inspiram outras mulheres

Gracinha Caiado

A primeira-dama do Estado de Goiás, Gracinha Caiado, se destaca no cenário político brasileiro pelas ações sociais à frente da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG). O trabalho assistencial oferece amparo para milhares de famílias carentes. Algumas iniciativas implantadas foram copiadas por outros estados.

Dona Iris

Iris de Araújo ou Dona Iris como era conhecida é apontada como uma das principais lideranças femininas da política goiana. Ao lado do marido, o ex-governador Iris Rezende construiu carreira política pautada principalmente no trabalho social em favor dos mais pobres.

Ana Elise

Delegada Titular da Delegacia Estadual de Combate à Violência Contra a Mulher, Ana Elise Gomes, trabalhou em defesa das vítimas de violência doméstica por seis anos, entre 2012 e 2019.
Voltou para o posto recentemente e segue a missão.

Princesa Isabel

Princesa Isabel era a herdeira do trono do Brasil no período em que nosso país era uma monarquia. Ficou famosa por ter sido a responsável por assinar a Lei Áurea, a lei que aboliu a escravatura no Brasil em 13 de maio de 1888. A princesa foi obrigada a fugir do Brasil e exilar-se na França após a Proclamação da República, que aconteceu em 15 de novembro de 1889. Isso aconteceu porque, depois desse evento, a família real brasileira foi expulsa do país.

Dra. Cristina

Aos 20 anos de idade, teve 85% do corpo queimado pelo ex-namorado, em Curitiba-PR. Chegou em Goiânia para realizar o tratamento e permaneceu na cidade. Cristina Lopes Afonso “viveu um milagre” e “recomeçou a vida”.
Foi atuante no movimento estudantil, vereador por Goiânia, candidata a deputada federal e nas eleições do ano passado disputou a prefeitura.

Adriana Accorsi

Ferrenha defensora da igualdade de gênero e das pautas femininas, a deputada federal Adriana Accorsi (PT) é uma das figuras mais conhecidas na política goiana.
É também delegada de polícia e já foi deputada estadual.
Seu nome é uma dos apontados para disputar a Prefeitura de Goiânia nas eleições do ano que vem.

Leila Diniz

A atriz Leila Diniz foi uma mulher à frente de seu tempo e tornou-se referência para debates sobre liberdade e sexualidade da mulher, rompeu com tabus em plena Ditadura Militar brasileira.
A atriz deixou seu legado cultural e histórico por falar abertamente sobre assuntos considerados tabus, como sexo, abuso de palavrões e opiniões irreverentes expressas sem o medo da sociedade. Leila morreu acidentalmente, aos 27 anos, na volta de uma viagem da Austrália para o Brasil.

Carlota Pereira de Queiroz

Foi a primeira mulher eleita deputada federal no Brasil. Em maio de 1933, seria a única mulher eleita deputada à Assembleia Nacional Constituinte, na legenda da Chapa Única por São Paulo Unido, indicada pela Federação dos Voluntários. Após a promulgação da Constituição, em 17 de julho de 1934, foi eleita deputada pelo Partido Constitucionalista de São Paulo, no pleito realizado em outubro do mesmo ano. Permaneceu na Câmara até 1937, quando foi instaurado o Estado Novo (1937-1945). Durante esse período, lutou pela redemocratização do país.

Maria da Penha

Maria da Penha Maia Fernandes é uma farmacêutica cearense que lutou para que seu agressor fosse condenado. Hoje, é líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres. Em 2006, foi sancionada a lei que leva seu nome: a Lei Maria da Penha, importante ferramenta no combate à violência doméstica e familiar contra mulheres no Brasil.

Lúcia Vânia

Lúcia Vânia entrou para história da política em Goiás. Foi a primeira mulher eleita deputada federal pelo Estado, em 1986. Integrou a Assembleia Nacional Constituinte, foi secretária nacional de Assistência Social, no governo FHC, quando implantou a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas). Lúcia Vânia também foi senadora da República.

Silvye Alves

Campeã de votos e eleita deputada federal nas eleições de outubro do ano passado. A jornalista trabalhou por mais de dez anos na apresentação de um programa policial. É admirada pela coragem com que comenta as reportagens por fãs de as idades. Foi incentivada a ingressas na vida pública após ser vítima de violência doméstica. Assegura que vai apresentar projetos em defesa das mulheres na Câmara dos Deputados.

Helley Abreu Batista

Em 2017, a tragédia em uma creche em Janaúba, no Norte de Minas Gerais, que terminou com a morte de sete pessoas, apresentou ao Brasil e ao mundo uma mulher de coragem. A professora Helley Abreu Batista deu a vida para defender seus alunos. Ela enfrentou o próprio vigia noturno da unidade que usou gasolina para atear fogo em funcionários e crianças. Sete pessoas morreram, sendo cinco crianças Helley e o autor do atentado.

– Júlia Lopes de Almeida

A cadeira de número 3 da Academia Brasileira de Letras (ABL) guarda uma história de injustiça no meio literário que nos ensina sobre a importância do protagonismo feminino em nossa atual sociedade. A escritora Júlia Lopes de Almeida mostrou a importância de sua obra em meio a uma época da história do Brasil extremamente sexista e conservadora.
Mesmo participando de reuniões e contribuindo para a fundação da ABL, ela não foi escolhida para figurar entre os imortais da Academia.
O motivo? Ser mulher. Seguindo o padrão francês das academias literárias a ABL, fundada em 1897, não aceitava mulheres.
A cadeira que deveria ser da autora foi, então, concedida ao seu marido. Apenas em agosto de 1977 a Academia Brasileira de Letras passou a aceitar mulheres, com a entrada da escritora Rachel de Queiroz no seleto hall dos imortais.

– Quarteto histórico

A primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna foi realizada em 1896. Cem anos depois, em 1996, o Brasil sonhava em conquistar a primeira medalha olímpica feminina.
Não houve, entretanto, uma primeira medalha feminina de fato. Isso porque, no dia 27 de julho de 1996, quatro brasileiras subiram ao pódio ao mesmo tempo.
Foi no vôlei de praia, no ano em que a modalidade estreou no programa olímpico. A final contou com duas duplas do Brasil: Sandra e Jacqueline e Adriana e Mônica. Na mesma edição, o Brasil também conquistou o bronze no basquete feminino no time liderado por Magic Paula e Hortência.

– Fernanda Montenegro

Fernanda é uma das principais atrizes brasileiras. Foi a primeira latino-americana indicada ao Oscar de Melhor Atriz.
Infelizmente, em 1999, perdeu o prêmio após atuação memorável em ‘Central do Brasil’, mas a indicação fez história.
Além disso, foi a primeira brasileira a vencer o Emmy Internacional na categoria de melhor atriz.

– Tarsila do Amaral

Tarsila do Amaral foi uma pintora e desenhista brasileira, uma das artistas centrais da pintura brasileira e da primeira fase do movimento modernista brasileiro, ao lado de Anita Malfatt, inaugurou o movimento antropofágico nas artes plásticas. Das obras de Tarsila do Amaral, Abaporu talvez seja a mais famosa. Pintada em 1928, o quadro foi um presente oferecido ao marido e escritor Oswald de Andrade.

– Carla Monteiro

A jornalista e escritora Carla Monteiro é diretora do Centro de Valorização à Mulher (Cevam).
Atua pelos direitos femininos há cerca de 36 anos.
Ele começou a atuar em defesa das mulheres ainda muito jovem e é uma referência goiana nessa luta.

 

GED

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