Mulher não ganhou R$ 6,7 milhões do Ministério da Cultura por “dança da picanha fatiada”
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Boato – Uma mulher que dançou a dança da “picanha fatiada” (ou possuída) ganhou um concurso do Ministério da Cultura e levou R$ 6,7 milhões.
Análise
Um vídeo um tanto quanto peculiar está circulando na internet junto com publicações críticas ao governo Lula. No vídeo, uma mulher dança com uma roupa peculiar: um espécie de maiô cor de pele e com uma espécie de capa avermelhada. A capa está aberta e ela se equilibra enquanto faz movimentos bruscos que simulam uma dança.
Junto ao vídeo, há a descrição de que o vídeo é de um concurso de R$ 6,7 milhões do Ministério da Cultura e que a mulher ganhou o prêmio que vai ser recebido via Lei Rouanet. Leia uma das mensagens que circulam online e assista ao vídeo:
A dança da picanha fatiada ou da picanha possuída (em homenagem a Lula), vence concurso do Min. da Cultura e consegue 6.7 milhões de reais via Lei Rouanet para se apresentar no Brasil inteiro. Brasil ladeira abaixo e ninguém cerca.
Checagem
Por incrível que pareça, a mensagem circulou com força em redes sociais e, claro, gerou críticas ao Ministério da Cultura e ao governo Lula. Para que esclareçamos a história, vamos responder às seguintes questões: 1) De onde é o vídeo da mulher fazendo a “dança da picanha”? 2) A mulher que (não) fez a “dança da picanha” ganhou algum concurso do Ministério da Cultura? 3) O que podemos falar sobre o espetáculo?
O que podemos falar sobre o espetáculo?
A primeira é que o espetáculo não se chama “dança da picanha”. Além do tal texto, não há qualquer registro de espetáculo com este nome. Segundo que, em muitas oportunidade, uma performance de arte contemporânea tem como objetivo instigar as pessoas e a discussão. Neste sentido, suscitar polêmica e reflexão fez com que a mulher cumprisse um objetivo.
Fake news 
Não é verdade que a mulher do vídeo em questão ganhou R$ 6,7 milhões do Ministério da Cultura. Trata-se de um vídeo de uma apresentação aleatória que não se chama “dança da picanha” e foi utilizada para mais um ataque contra as políticas de cultura no Brasil.