Mourão comenta sobre depoimentos de ex-comandantes das Forças Armadas e discute definição de golpe
Da Redação
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O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente da República, fez declarações sobre os depoimentos de ex-comandantes das Forças Armadas à Polícia Federal (PF) acerca de uma possível trama golpista para manter Jair Bolsonaro no poder após a derrota na última eleição. Segundo Mourão, ao apertar os depoimentos, a discussão poderá se voltar para a definição de golpe e sua legalidade.
“Quando você vai espremer esses depoimentos, vai ficar a discussão se pensar em dar um golpe é crime ou não”, afirmou o general da reserva do Exército em entrevista ao Radar. Ele destacou que situações como Estado de Sítio e Estado de Defesa não devem ser consideradas golpes, enquanto ressaltou que um verdadeiro golpe envolve tomar o poder, fechar o Congresso e, posteriormente, organizar o regime, como ocorreu em 1937, durante o governo de Getúlio Vargas.
Mourão também comentou sobre sua exclusão do processo de tomada de decisões por parte de Bolsonaro, afirmando que já estava “alijado” desse processo muito antes das reuniões no Palácio da Alvorada, em novembro e dezembro de 2022, com ex-comandantes das Forças Armadas.
“Naquela reunião que aparece filmada, em julho (de 2022), quem está sentado do lado do presidente (Bolsonaro) na função de vice era o Braga Netto. Mos1tra bem que eu estava fora do processo”, destacou o senador.
As declarações de Mourão surgem em meio a um contexto político conturbado e aprofundam o debate sobre os eventos que têm gerado preocupações quanto à estabilidade democrática no Brasil. O desenrolar desses acontecimentos continuará a ser acompanhado de perto, à medida que a investigação prossegue.
