Moraes pressiona Collor a comprovar doenças alegadas para evitar prisão

Da Redação
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As alegações de problemas de saúde feitas pela defesa de Fernando Collor para evitar o cumprimento da pena de mais de 8 anos em regime fechado levaram o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a agir com rigor. O magistrado determinou que o ex-presidente apresente, em até 48 horas, todos os exames realizados, inclusive os de imagem, além de explicar a ausência de qualquer procedimento médico entre 2019 e 2022 que comprove o diagnóstico de Parkinson.
A defesa de Collor, que tem 75 anos, afirma que ele sofre de doença de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar — fatores que, segundo os advogados, tornam arriscada sua permanência em presídio. No entanto, durante audiência de custódia, o próprio ex-presidente afirmou que não tem doenças e não faz uso de medicamentos contínuos, o que contradiz a versão apresentada por seus defensores.
Condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no escândalo da BR Distribuidora, Collor foi sentenciado a 8 anos e 10 meses de prisão em regime fechado. Diante das inconsistências entre os relatos médicos da defesa e as declarações do réu, Moraes exigiu a apresentação de todo o histórico clínico, incluindo prontuários, para analisar se o ex-presidente pode ou não cumprir a pena em prisão domiciliar, como solicita sua equipe jurídica.
Para preservar a imagem de Collor, Moraes decretou sigilo sobre os documentos médicos. A decisão sobre um eventual benefício deve ser tomada somente após análise detalhada dos laudos.