Max Menezes: ‘Aparecida perdeu apenas nestes três anos mais de R$ 30 milhões’
Engenheiro civil, casado, pai de duas filhas e empreendedor, Max Menezes, 40 anos, promete representar Aparecida na Assembleia Legislativa e ainda afirma que jamais votará contra uma das áreas mais importantes da administração estadual. Em 2018, com 30.389 votos e por ‘capricho’ do destino, ele não foi eleito deputado estadual. Agora, sinaliza que não quer correr o mesmo risco e que pode ou não continuar emedebista. Além disso, promete ser politicamente independente na Alego.
O Diário Goiás em Destaque conversou com exclusividade com o secretário de Desenvolvimento Urbano de Aparecida de Goiânia e primeiro suplente do MDB na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Max Menezes. Às vésperas de assumir a cadeira de Humberto Aidar (MDB), que foi indicado para o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), o filho mais velho do ex-prefeito de Aparecida e ex-vice-governador de Goiás, Ademir Menezes, revelou suas expectativas em torno do novo desafio, falou sobre as pautas que irá defender e também sobre a movimentação política que pode lhe garantir cadeira definitivo na Alego a partir de 1º de janeiro de 2023.
O deputado estadual Humberto Aidar está próximo de deixar a Alego para assumir vaga no TCM; com isso o senhor, que é primeiro suplente do MDB, assume a cadeira de deputado estadual. Qual sua expectativa?
Expectativa que temos neste pouco tempo – cerca de 10 meses à frente de um mandato – e que possamos desenvolver um trabalho à altura do que nossa cidade de Aparecida e o Estado merecem.
Qual será o posicionamento político do senhor na Assembleia Legislativa?
O posicionamento é de total independência, independência essa para quê? Para que possamos ter liberdade para votar os projetos que são importantes para o estado e, sobretudo, para que possamos defender os projetos que são importantes para os municípios. Os nossos municípios carecem de atenção tanto do governo do Estado como do Governo Federal. Sou apaixonado pela gestão pública e já tendo sido vereador e secretário entendo bem qual é o papel do legislador e também as necessidades do outro lado, que é o Executivo.
O senhor terá pouco tempo neste final de legislatura. O que seu eleitorado pode esperar em relação ao trabalho?
Não só o pessoal que votou para que pudéssemos ocupar este espaço, mas aqueles que estaremos representando podem esperar de nós nada menos e nada mais que trabalho, que é que sempre coloquei como principal responsabilidade. Venho de uma família que sempre trabalhou muito, de uma história que defende um legado de muito trabalho do meu pai Ademir Menezes, que foi prefeito, deputado e vice-governador. Queremos repetir esse trabalho e precisamos da compreensão e apoio de todos para que possam nos orientar, no sentido de acertarmos cada dia mais; nosso tempo é muito curto para errarmos.
A base do senhor, que é Aparecida, não tem nenhum representante na Alego. O que a cidade ganha com sua chegada ao Poder Legislativo?
Aparecida, infelizmente, perdeu a oportunidade de ter um representante na Assembleia Legislativa, mas me intitulo um representante de Aparecida, sou um apaixonado pela minha cidade e conheço à fundo os problemas que temos. Posso falar com bocha cheia: Aparecida, agora, terá um deputado estadual a partir do momento que tivermos condições de assumir este espaço deixado pelo nosso deputado Humberto Aidar.
Pretende atuar em defesa de pautas específicas?
São pautas muito bem definidas. Existem também alguns princípios que meus que vou defende-los. O primeiro, é relativo à educação, não tenho condições e é algo que sempre repito: não voto contra educação, não apenas só em relação aos professores, mas o pessoal da merenda, da limpeza. Enfim, os que atuam dentro de uma escola terão meu apoio.
Na infraestrutura, não precisamos ir muito longe para percebermos que as cidades goianas precisam de maior atenção seja no recapeamento, pavimentação, galerias pluviais e meio-fio. A infraestrutura é uma necessidade de todos que proporciona melhor qualidade de vida para. Tudo aquilo que for importante para qualidade de vida do cidadão será trabalhado pelo nosso mandado.
O senhor irá permanecer no MDB?
A avaliação sobre sigla partidária vai acontecer quando a janela partidária for aberta. A partir do mês de março vamos ver essa possibilidade. Tenho conversado com vários presidentes de partido, estamos vendo também todas as possibilidades e também quem serão as pessoas em cada um dos partidos para que não cometamos equívocos na escolha do novo partido ou até mesmo na permanência [ no MBD]. Será uma decisão com muitas cabeças pensantes; queremos chegar nas eleições com possibilidades reais de vitória. Não podemos ser surpreendidos, como fomos nas últimas eleições com uma quantidade enorme de votos e não vencermos as eleições.
O senhor será candidato à reeleição nas eleições de outubro?
Reeleição é um trabalho que precisamos fazer uma avaliação concreta. Não é feita apenas da minha vontade, é uma vontade de grupo, que inclui todos aqueles que tem carinho e acreditam em nosso trabalho. Será um trabalho feito a muitas mãos e no momento oportuno isso será trabalhado.
Nas eleições deste ano, Aparecida deve ter ao menos oito candidatos a deputado estadual. Esse número elevado de favorece ou dificulta o processo? Aparecida corre o risco de ficar sem representante na próxima legislatura?
Aparecida sempre teve muitos candidatos, mas nas últimas eleições essa quantidade cresceu muito e isso prejudicou a própria cidade. Penso que o eleitor precisa fazer uma avaliação, através da história, do trabalho e do legado de cada candidato. Existem muitos aventureiros que aparecem de última hora buscando voto e tantos outros de dentro mesmo [de Aparecida] que buscam uma forma de se colocarem no cenário e ser vistos. Não precisamos de candidatos que precisam ser vistos, precisamos de candidato que tenham condições reais de ganhar as eleições e principalmente cuidar da cidade. Aparecida perdeu, apenas nestes três anos, mais de R$ 30 milhões somente de emendas impositivas dos deputados estaduais. Se estive lá, teria condições de ter encaminhado uma quantidade vultuosa de recursos para resolvermos os problemas da cidade. Esse recurso é extremamente importante para resolvermos demandas simples que melhoram a qualidade de vida das pessoas.
Qual legado o senhor deixara na SDU?
Desde sua criação, a SDU tem um objetivo definido: cuidar da cidade com a coleta de lixo, com a iluminação pública, com a coleta seletiva, com administração do aterro sanitário, com a manutenção e criação de novas praças e parques. Implantamos um paisagismo novo na cidade, qualquer um que passa em Aparecida percebe que a cidade está bem cuidada, com novas praças, com a coleta seletiva, com espaços de convivência e lazer. O maior legado que podemos deixar é ter ajudado melhor a qualidade de vida de nossa população. Estarei do outro lado buscando os recursos necessários para colocarmos tudo isso na porta do maior número de aparecidenses.