Marlúcio Pereira deixa Cultura de Aparecida e foca na defesa em processo que se arrasta desde 2008

Após quase três anos à frente da Secretaria Municipal de Cultura de Aparecida de Goiânia, Marlúcio Pereira da Silva anunciou seu afastamento do cargo para se dedicar exclusivamente à própria defesa em um processo judicial que teve início há 17 anos.
O caso remonta a 2008, quando Marlúcio ainda era deputado estadual. Na ocasião, ele participou do Rodeio Show, tradicional evento da cidade, e distribuiu cartões oficiais em homenagem ao Dia das Mães. À época, a Lei de Improbidade Administrativa vigente interpretou o ato como “desvio de princípio constitucional”, resultando em condenação.
Desde então, a legislação passou por mudanças significativas. Em 2021, a Lei nº 14.320 alterou os critérios para caracterizar improbidade, exigindo que haja dolo específico, enriquecimento ilícito ou prejuízo ao erário para que haja condenação. Segundo Marlúcio, nenhum desses elementos estava presente no episódio.
Para o agora ex-secretário, a decisão de deixar o cargo é estratégica:
“Essa condenação nunca fez sentido para mim. Quero dedicar todo o meu tempo para mostrar que não houve má-fé nem vantagem pessoal. É hora de encerrar esse capítulo com dignidade e justiça.”
A saída de Marlúcio abre espaço para a nomeação de um novo gestor à frente da pasta, enquanto ele concentra seus esforços na reversão da sentença e na reabilitação de sua imagem pública.