Mais de 2,6 milhões de goianos estão inadimplentes, aponta Serasa

Levantamento revela que o estado soma quase 10 milhões de dívidas e segue tendência nacional de aumento no endividamento
A inadimplência voltou a crescer em Goiás e atingiu um número alarmante. Segundo o Mapa da Inadimplência e Negociações de Dívidas da Serasa, divulgado em setembro de 2025, mais de 2,6 milhões de goianos estão com pelo menos uma conta em atraso. O levantamento mostra que o estado acumula 9,9 milhões de dívidas, somando R$ 17,3 milhões em débitos, com valor médio de R$ 1,7 mil por pessoa.
Os bancos e cartões de crédito continuam sendo os principais responsáveis pelo endividamento no estado, representando 27% das pendências registradas. Logo atrás aparecem contas básicas do dia a dia, como água, luz e gás (21%), seguidas de financeiras não bancárias (19%), que incluem crediários e empréstimos pessoais.
O crescimento da inadimplência em Goiás acompanha a tendência nacional. Em todo o Brasil, 79,1 milhões de pessoas estavam com o nome negativado em setembro — o equivalente a 48,47% da população. O número representa um leve aumento de 0,4% em relação a agosto, mantendo o país próximo de um recorde histórico: 80 milhões de endividados.
De acordo com o levantamento, as faixas etárias entre 41 e 60 anos concentram a maior parte dos inadimplentes, somando 35,4% do total. Essa faixa, que reúne consumidores em plena fase produtiva, é também a que mais recorre ao crédito e acumula dívidas em múltiplas frentes.
Para tentar reverter esse quadro, a Serasa iniciou o Feirão Limpa Nome no último dia 3 de novembro, oferecendo descontos de até 99% para quem deseja quitar dívidas atrasadas. A ação segue até o dia 30 de novembro e permite negociações online, pelo aplicativo, e presencialmente em mais de 7 mil agências dos Correios, sem custo.
Além dos consumidores negativados, o feirão também contempla quem tem contas em aberto e quer regularizar a situação antes de ter o nome incluído em cadastros de inadimplência.
Segundo a Serasa, a plataforma Limpa Nome tem apresentado resultados expressivos. Apenas em setembro, o valor médio de cada acordo foi de R$ 812, com R$ 12,8 bilhões em descontos concedidos. Atualmente, há 633 milhões de ofertas de negociação ativas, somando mais de R$ 1 trilhão disponíveis para quem deseja renegociar débitos e recuperar o acesso ao crédito.



