
Por Ana Lucia
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intensificará, a partir desta segunda-feira (10), as conversas em torno da vaga aberta pelo ministro Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele está sob crescente pressão de senadores aliados, que defendem a indicação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para ocupar o posto.
Por outro lado, o favorito do Palácio do Planalto continua sendo o advogado-geral da União, Jorge Messias, nome de confiança de Lula, mas visto por setores do Senado como uma escolha excessivamente partidária.
Aliados históricos do presidente — oriundos de estados como Bahia, Alagoas e Amazonas — argumentam que o partido não pode ocupar todos os espaços de poder. “O PT não pode ter tudo. É um desprestígio com quem está junto, remando pelo governo”, afirmaram.
Lula discutiu o cenário com integrantes do governo, incluindo os ministros Sidônio Palmeira (Comunicação Social) e Rui Costa (Casa Civil), e consultou interlocutores do STF e do Tribunal de Contas da União (TCU), visto que outra alternativa para a vaga de Barroso poderia vir dessa corte.
Ainda que tenha prerrogativa constitucional para escolher livremente o indicado, o presidente também foi alertado de que aprovar Messias exigirá investimento de “capital político” elevado — especialmente com o ano eleitoral se aproximando.
O tema será um dos focos do governo nas próximas semanas, com sinalizações importantes tanto no Planalto quanto no Congresso.



