Economia & Negócios

Intenção de compra de imóveis atinge maior patamar em quase dois anos

Da Redação
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O mercado imobiliário brasileiro demonstrou um forte movimento de recuperação no terceiro trimestre de 2024, com um aumento significativo na intenção de compra de imóveis, de acordo com a Pesquisa Raio-X FipeZAP. A pesquisa revelou que 42% dos entrevistados planejam adquirir um imóvel nos próximos três meses, o que representa o maior índice desde o final de 2022, superando a média histórica do levantamento.
Alta na Intenção de Compra, Mas Preços São uma Preocupação
Embora a intenção de compra tenha mostrado um crescimento expressivo, a percepção sobre os preços dos imóveis seguiu um caminho oposto. A pesquisa mostrou que 71% dos entrevistados consideram os preços dos imóveis no Brasil “altos ou muito altos”, um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano anterior, quando esse percentual era de 54%. Essa elevação na percepção negativa dos preços contrasta com a queda da parcela de pessoas que julgam os preços como “razoáveis”, que caiu de 37% para 17%.
Esses dados indicam que, apesar do crescimento na intenção de compra, a alta nos preços dos imóveis continua a ser uma barreira para muitos potenciais compradores, que demonstram preocupação com a acessibilidade do mercado. A escalada dos valores, especialmente em regiões urbanas, reflete o impacto da inflação, dos custos de construção e da oferta limitada de imóveis.
A pesquisa também revelou que a preferência por imóveis usados continua forte entre os compradores, representando 70% das aquisições realizadas no último ano. Embora esse índice tenha diminuído ligeiramente em relação ao recorde de 72% do trimestre anterior, ele segue acima da média histórica de 60% registrada pela pesquisa. A maior disponibilidade e preços mais acessíveis em comparação com os imóveis novos explicam essa tendência.
Em contrapartida, os imóveis novos responderam por 30% das aquisições, um percentual que também segue estável, apesar da diferença de preços em relação aos imóveis usados. A busca por imóveis novos pode estar mais relacionada à procura por infraestrutura moderna e garantia de um imóvel livre de custos de manutenção imediatos, que são comuns nos imóveis mais antigos.
O levantamento também destacou uma mudança no perfil dos compradores. No último trimestre, 59% dos respondentes apontaram a moradia como o principal objetivo da compra, enquanto 41% adquiriram imóveis com a finalidade de investimento. Esse percentual reflete uma ligeira queda em relação ao início de 2024, quando 45% das compras foram motivadas pelo desejo de rentabilidade, mas o papel dos investidores no mercado imobiliário continua relevante.

GED

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