É fato que muitos aliados não engoliram a aliança entre o DEM (que pode se tornar União Brasil, com o PSL), do governador Ronaldo Caiado, com o MDB, de Daniel Vilela. A insatisfação, até então velada, voltou à tona.
Um dos principais aliados do governo, o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (ALEGO), Lissauer Vieira, demonstrou publicamente que nutre uma rivalidade contra Daniel Vilela.
Lissauer é de Rio Verde, município limítrofe à cidade natal do pré-candidato a vice-governador Daniel Vilela (MDB), Jataí. Embora da mesma região, cada um tem uma trajetória pública. E na opinião do presidente da Alego, não dá para acreditar na maneira que Daniel faz política.
“Não tenho relacionamento político com o Daniel Vilela. Não quero ter relacionamento político com ele. Não acredito nas ações dele. Não acredito na forma de ele fazer política”, disse durante entrevista a uma rádio de Rio Verde, na última quinta-feira (28/10).
Lissauer acrescentou que não há entendimento com o presidente do MDB. “Tenho as minhas convicções e quero fazer política com quem eu acredito. No governador Ronaldo Caiado, eu acredito. No prefeito (de Rio Verde) Paulo do Vale, eu acredito”, afirmou.
Antes da aliança
Durante o período em que havia a sinalização de aproximação entre Daniel Vilela e o governador Ronaldo Caiado, o vice Lincoln Tejota (Cidadania) alfinetou o ex-deputado federal com uma indireta, afirmando que para não “peitar” o democrata, havia quem buscava ser vice dele.
A afirmação de Tejota foi feita em julho deste ano. Na ocasião, ele disse que a posição dele na chapa estava assegurada. Mas meses depois, o governador anunciou Vilela como vice para sua reeleição. Lincoln se calou. Acerca desses dois episódios, Daniel Vilela preferiu não se manifestar.