Economia & Negócios

Informalidade atinge 66% dos empreendedores no Brasil

Da Redação
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Um estudo recente do Sebrae, baseado em dados do quarto trimestre de 2024, mostra que cerca de 20 milhões de brasileiros, o equivalente a 66% do total de 30,4 milhões de empreendedores do país, atuam na informalidade. Esse grupo enfrenta um desafio crítico: apenas 18,6% contribuem para a Previdência Social, contra 79,1% dos empreendedores formais, o que compromete sua proteção social e segurança futura.
O presidente do Sebrae, Décio Lima, destaca que o perfil empreendedor exige mais do que coragem, criatividade e resiliência. ‘Ter uma empresa só tem robustez se vier acompanhado de um ambiente de negócios fortalecido e estruturado pelo Estado de bem-estar social’, afirma.
Para ele, o Estado é essencial para criar condições que permitam o desenvolvimento do empreendedorismo, citando marcos regulatórios importantes, como o Simples Nacional, a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas e a figura do Microempreendedor Individual (MEI).
O estudo também revela diferenças na jornada e local de trabalho: empreendedores informais trabalham em média 36 horas semanais, enquanto os formais dedicam 43 horas. Além disso, 61,1% dos informais atuam em locais não fixos, como ruas ou domicílios, enquanto 66,2% dos formais trabalham em lojas, escritórios ou galpões.
Regionalmente, a informalidade é mais presente no Sudeste (39,8%) e Nordeste (28,3%). Já a região Norte apresenta a maior proporção de empreendedores informais em relação à população ocupada, com 15,7%, e o menor índice de formais, apenas 3%.
Esses dados reforçam a necessidade de políticas públicas que incentivem a formalização e ampliem a proteção social para milhões de trabalhadores que movimentam a economia brasileira.

GED

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