Incentivos fiscais impulsionam a economia goiana
O Brasil nasceu sob o signo da disparidade regional, sendo necessário ao longo da nossa história enormes esforços do poder público para deslocar as riquezas para o interior do país, desconcentrando a industrialização especialmente do eixo São Paulo/Rio de Janeiro. A construção de Brasília e o vultoso investimento na construção da Capital federal em pleno planalto central, em meados do século passado, é uma dessas ações. Mas podemos citar a criação da Zona Franca de Manaus, também criada e impulsionada na segunda metade do século passado para impulsionar o desenvolvimento econômico de vasta região da Amazônia brasileira. Os incentivos fiscais são parte desse esforço para interiorizar o desenvolvimento econômico e modernização do país.
Graças à política de incentivos fiscais adotada pelo Governo de Goiás em 1984, com o Programa Fomentar, e em 2000 com o Produzir, a economia goiana se diversificou, tornando-se hoje a 9ª maior do País. Goiás é o sétimo estado brasileiro que mais arrecada ICMS e nossa indústria, que contabiliza mais de 15.800 empresas, atende quase um terço dos empregos formais de todo o estado, com 305 mil carteiras assinadas.
A Associação Comercial, Industrial e Empresarial da Região Leste de Aparecida de Goiânia (Acirlag) está de mãos dadas ao setor produtivo de Goiás, especialmente a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), a Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial), o Fórum Empresarial, no esforço para manutenção dos incentivos fiscais como mecanismo de impulsionamento e modernização da economia goiana.
Na última semana, estive visitando várias empresas que querem se instalar em Aparecida de Goiânia e outras que estão querendo ampliar sua fábrica no município. Os empresários demonstraram a necessidade de incentivos, ampliação da área que estão instalados, para, assim, aumentar seus investimentos e continuar gerando emprego e melhorando nossa economia.
Sem os incentivos fiscais, Goiás certamente estaria muito mal em termos de desenvolvimento industrial. Em decorrência disso, faltariam os empregos, o estado arrecadaria bem menos e não poderia atender às necessidades básicas com educação, saúde e segurança pública. Não restam dúvidas de que os incentivos fiscais são uma ferramenta para gerar empregos e melhorar a economia. O fim dos incentivos fiscais, ou seu congelamento, representaria uma perda considerável da competitividade de Goiás.
Goiás não pode retroceder. É preciso gerar emprego e diversificar nosso parque industrial.
Maione Padeiro é presidente ACIRLAG (Associação Comercial, Industrial e Empresarial da Região Leste de Aparecida de Goiânia).