Economia & Negócios

Haddad quer proposta “ambiciosa” para taxação de super-ricos

Da Redação
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O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou hoje que o Brasil está empenhado em alcançar uma declaração “ambiciosa” sobre a tributação dos super-ricos no G20. Os trabalhos do grupo, sob a presidência brasileira, estão focados na cooperação internacional para taxar grandes fortunas.
Haddad, que enfrentou recentemente a Covid-19, pôde participar presencialmente do encontro em São Paulo após resultados de testes indicarem baixo risco de transmissão. Em seu discurso, ele ressaltou a necessidade de uma abordagem conjunta para lidar com a evasão fiscal, citando dados do EU Tax Observatory que revelam práticas de tributação mínima por parte dos bilionários.
Além disso, Haddad mencionou esforços em outras organizações internacionais, como a OCDE e a ONU, que estão adotando medidas para taxar empresas multinacionais e promover a cooperação tributária internacional. Para embasar a posição pela necessidade de tributação das famílias mais ricas do mundo, Haddad apresentou dados do relatório do EU Tax Observatory, que apontou que os bilionários ou não pagam nada, ou pagam, no máximo, 0,5% de impostos sobre o que acumulam. “Colegas, eu, sinceramente, me pergunto como nós, ministros da Fazenda do G20, permitimos que uma situação como essa continue.”
Segundo o ministro, esse pequeno grupo de pessoas se aproveita de “buracos” nos sistemas tributários para evitar o pagamento de tributos. Por isso, Haddad vê o tema também sendo tratado por outras organizações internacionais, como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que aprovou medidas para taxar empresas multinacionais. Na reunião desta quinta-feira, o economista francês Gabriel Zucman apresentará uma proposta de forma de tributação internacional para os super-ricos.

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