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Guarda civil dá tapa na cara de professora durante protesto em Goiânia; veja vídeo

Agressão aconteceu durante uma manifestação de servidores da rede municipal de ensino de Goiânia, que estão em greve

Uma professora da rede municipal de ensino da capital goiana foi agredida por um guarda civil municipal com um tapa no rosto. A violência aconteceu na manhã desta quinta-feira (31/3), em frente ao Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Vila Areião, durante um protesto dos servidores da Educação, que estão em greve.

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Um vídeo registrou o momento em que Juliana Rosa, de 37 anos, se aproxima dos guardas e é agredida. Veja:

“O guarda civil enfiou o dedo no meu olho para me algemar”, diz professor preso em protesto

Antes de ser algemado e preso, Hugo foi jogado no chão com truculência por agentes da Guarda Civil Metropolitana da capital

O professor de Educação Física Hugo Alves Rincon, de 37 anos, contou com exclusividade ao jornal O HOJE o horror que viveu na manhã desta quinta-feira (31) enquanto protestava em frente ao CMEI Vila Areião, em Goiânia. Antes de ser algemado e preso, Hugo foi jogado no chão com truculência por agentes da Guarda Civil Metropolitana da capital.

“Enfiaram o dedo do meu olho para me algemar”, conta ele.

*Informações de OHoje

Veja o vídeo:

O grupo de professores da rede municipal protestava em frente à unidade escolar para chamar a atenção do prefeito Rogério Cruz sobre as exigências do cumprimento do pagamento do piso salarial. A categoria paralisou as atividades escolares há 14 dias.

Hugo Alves afirma à reportagem que foi preso injustamente. “Sem qualquer necessidade. Não faz sentido prender alguém por protestar”, diz ele.

Em nota, a prefeitura disse que houve agressão ao prefeito, que tenta identificar os envolvidos e “espera não se tratar de professores, cuja missão é atuar na transformação da sociedade pela educação, pelo exemplo, e pela defesa de uma sociedade consubstanciada na cultura da paz”.

O comunicado diz que durante as duas horas de evento, os servidores se manifestaram livremente na rua e, na saída, o prefeito Rogério Cruz parou para conversar com uma professora, “quando foi atacado por dois agressores”.

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Adufg-Sindicato publica nota de repúdio sobre prisão de professores da rede municipal em Goiânia

A diretoria do Adufg-Sindicato divulgou nesta quinta-feira (31/03), nota de repúdio contra a prisão de dois professores da rede municipal de ensino de Goiânia. Eles foram detidos quando cobravam do prefeito Rogério Cruz o agendamento de uma data para negociação de reajuste salarial. “Direito à liberdade de expressão é fundamental em uma sociedade democrática e justa”, diz trecho da nota.

Confira, abaixo, a íntegra do posicionamento da entidade:

A diretoria do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato) manifesta seu total repúdio à prisão arbitrária de dois professores da rede municipal de ensino de Goiânia, durante manifestação na inauguração do CMEI Vila Areião. Trata-se de mais um duro ataque ao direito de livre manifestação dos docentes, que aguardavam o prefeito Rogério Cruz para exigir o agendamento de uma data para negociação de proposta de reajuste salarial.

Renato Regis e Hugo Rincon foram levados pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) sem que tivessem cometido qualquer crime. A ação da GCM constrange toda a população e cria um clima de terror por meio da truculência.

Para o Adufg-Sindicato, o direito à liberdade de expressão é fundamental em uma sociedade democrática e justa. Não preservar esse direito leva a construção de uma sociedade baseada no medo, de pensamento único e remontado à situações que levaram outras sociedades rumo ao fascismo. Portanto, a diretoria do Adufg-Sindicato pede a imediata libertação dos dois professores.

Goiânia, 31 de março de 2022

Diretoria do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás

 

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