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SAÚDE

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), fez duras críticas à falta de apoio do Governo Federal frente à crise na saúde em Goiânia. Durante pronunciamento nesta terça-feira (17/12), Caiado destacou o colapso na rede hospitalar da capital e questionou o fechamento de mais de 200 leitos no Hospital das Clínicas (HC), administrado pela União.

“Não vamos confundir as coisas. O estado de Goiás está sobrecarregado, assumindo as demandas da capital em um verdadeiro colapso. Estamos mantendo todos os hospitais estaduais funcionando para atender os pacientes de Goiânia, como Uruaçu, Trindade, Jataí, Itumbiara e outros. Agora, onde está o Hospital das Clínicas com mais de 200 leitos fechados? Essa é a pergunta que a imprensa deveria fazer”, criticou o governador.

Caiado ressaltou que o estado tem mobilizado toda a sua estrutura de saúde para evitar o agravamento da situação. “Não há falta de leitos de UTI hoje porque o estado se antecipou, direcionando os pacientes para os nossos hospitais regionais. Goiás está na frente de tudo”, afirmou.

Apesar dos esforços estaduais, Caiado destacou que o apoio federal tem sido insuficiente, agravando a crise. Segundo ele, a reativação dos leitos ociosos no Hospital das Clínicas é fundamental para desafogar a rede pública de saúde, tanto estadual quanto municipal.

Hospital das cilinigas – Goiânia

Posicionamento do Hospital das Clínicas

Em resposta às declarações do governador, o HC-UFG/Ebserh, responsável pela administração do Hospital das Clínicas, informou que recentemente abriu, de forma espontânea, 10 novos leitos de UTI pediátricos e outros 6 de UTI adultos. A instituição comunicou e disponibilizou esses serviços de imediato às secretarias municipal de Goiânia e estadual de saúde.

O HC-UFG destacou que a responsabilidade de pactuar serviços com o hospital cabe à Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, que atualmente está sob intervenção do Governo Estadual. “A unidade hospitalar não foi procurada pela equipe de intervenção até o momento. O HC-UFG e a Ebserh, estatal do Ministério da Educação que faz a gestão da unidade, estão à disposição dos gestores locais para seguir contribuindo”, afirmou a instituição em nota.

Uma crise de responsabilidade compartilhada

A crise na saúde em Goiânia evidencia o descompasso entre diferentes esferas de gestão. Enquanto o Governo Estadual tem buscado alternativas para suprir a alta demanda por atendimentos, a falta de articulação com o Governo Federal e as gestões locais tem dificultado soluções mais eficazes. A reativação de leitos no HC-UFG surge como uma necessidade urgente para aliviar a pressão sobre a rede estadual e garantir atendimento à população.

Neste contexto, a cooperação entre os entes federativos é essencial para superar a crise e evitar o colapso total do sistema de saúde na região.

GED

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