Goiás sobe quatro posições e chega ao 10º lugar entre os estados mais inadimplentes do país

Levantamento do CLP mostra piora no indicador de crescimento e destaque em crédito para pessoa física
O estado de Goiás subiu quatro posições no ranking nacional de inadimplência, alcançando o 10º lugar entre as 27 unidades da federação, segundo o Centro de Liderança Pública (CLP). O levantamento, divulgado neste mês, aponta aumento do endividamento das famílias e perda de desempenho em outros indicadores econômicos.
A inadimplência é um dos sete indicadores analisados pelo CLP, que também avalia qualidade de crédito, volume de crédito, tamanho de mercado, taxa de crescimento, força de trabalho e comprometimento da renda.
De acordo com os dados, Goiás manteve posição de destaque em alguns critérios: foi 3º colocado em qualidade de crédito e 9º em tamanho de mercado. Já no volume de crédito, o estado aparece em 2º lugar, mostrando forte movimentação financeira. Por outro lado, perdeu oito posições em taxa de crescimento, caindo para o 15º lugar. Em comprometimento da renda, subiu uma posição e figura agora em 24º, o que demonstra leve melhora na capacidade de pagamento dos goianos.
Outro ponto positivo é o crescimento potencial da força de trabalho, no qual Goiás ocupa o 6º lugar, sinalizando avanço na empregabilidade e na participação econômica da população.
O Ranking de Competitividade dos Estados tem como objetivo oferecer uma visão abrangente da gestão pública e do desempenho econômico de cada unidade federativa. O levantamento analisa 10 pilares temáticos, entre eles Infraestrutura, Solidez Fiscal, Capital Humano, Inovação e Sustentabilidade Social.
Segundo o CLP, o estudo serve não apenas como instrumento para governos aprimorarem suas políticas, mas também como parâmetro para o setor privado avaliar o ambiente de negócios e atratividade para novos investimentos.
Especialistas destacam que, apesar dos bons resultados em crédito e mercado, o avanço da inadimplência acende um alerta sobre o consumo e o endividamento das famílias goianas. A alta dos juros e o custo de vida elevado são apontados como fatores que pressionam o orçamento doméstico e reduzem a capacidade de pagamento.