Goiás decreta emergência e amplia leitos para casos graves de síndrome respiratória
O Governo de Goiás decretou estado de emergência em saúde na última segunda-feira (30) devido ao aumento expressivo dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) no estado. Para ampliar a capacidade de atendimento, foram disponibilizados 163 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 50 leitos de suporte ventilatório em 52 municípios de todas as regiões goianas.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Rasível Santos, o decreto foi motivado pelo avanço vertiginoso dos casos, que já somam 6.743 registros em 2025, incluindo 1.117 por Influenza, 306 por Covid-19, 1.486 por Vírus Sincicial Respiratório e 680 por Rinovírus. O aumento das internações por Srag foi de 33% em relação ao mesmo período de 2024, totalizando 10.676 solicitações de internação até junho deste ano, contra 8.011 no ano anterior.
A taxa de ocupação dos leitos de UTI ultrapassa 85% em unidades públicas e conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), o que levou à necessidade urgente de ampliação da rede hospitalar. O decreto prevê o cofinanciamento para implantação e conversão de leitos, com pagamento de diária de R$ 2 mil para UTIs e R$ 500 para leitos de suporte ventilatório.
Rasível Santos destacou que a medida vai ampliar a capacidade de resposta ao tratamento e reduzir a pressão sobre os hospitais. Ele também reforçou a importância da vacinação contra a influenza e a Covid-19, especialmente diante da baixa cobertura vacinal, que está em apenas 38% dos grupos prioritários, muito abaixo dos 95% recomendados pelo Ministério da Saúde.
A Secretaria de Saúde orienta os hospitais a seguirem protocolos específicos para tratamento, reduzir o tempo de internação e evitar desperdício de recursos. O decreto tem validade de 180 dias e representa um esforço conjunto entre o Governo do Estado e os municípios para conter a crise sanitária causada pela Srag.
