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Goiânia inaugura Ambulatório Municipal de Processo Transexualizador para atendimento especializado

Goiânia agora conta com um serviço dedicado ao atendimento de pessoas trans que buscam auxílio em sua transição de gênero. O Ambulatório Municipal de Processo Transexualizador (Transviver), localizado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Novo Mundo, funciona das 7h às 19h e oferece acompanhamento especializado a partir de uma equipe multidisciplinar composta por médico endocrinologista, psicólogo, enfermeiro e assistente social.

Em três meses de funcionamento, o Transviver já atendeu 54 pacientes adultos, oferecendo tratamento individualizado que inclui hormonioterapia. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o critério para o atendimento é ser maior de 18 anos. A superintendente de Gestão de Redes e Atenção à Saúde, Cynara Mathias, destaca a importância da hormonioterapia para a adequação da aparência e identidade de gênero. “A hormonização, também conhecida como terapia hormonal, é essencial para muitas pessoas transexuais e travestis que buscam se expressar e serem reconhecidas pela sociedade dentro do gênero com o qual se identificam”, explica Cynara. O serviço está alinhado aos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), oferecendo cuidados de saúde à população LGBTQIA+.

Como acessar o atendimento

Para iniciar o processo transexualizador, as pessoas interessadas devem procurar uma unidade de saúde da Atenção Primária, como as UPAs, que funcionam como porta de entrada para o SUS. Após o primeiro atendimento, o paciente é encaminhado para o ambulatório Transviver. “Uma vez dentro do Transviver, o paciente terá acompanhamento mensal ou quinzenal”, explica Dayana Pereira, gerente de Atenção Especializada da SMS.

Antes da inauguração do ambulatório, muitos pacientes já estavam fazendo uso de hormônios por conta própria, o que frequentemente resultava em efeitos adversos e problemas de saúde devido à falta de orientação médica. Dayana Pereira ressalta que o acesso a cuidados especializados pode prevenir esses problemas. “A automedicação com hormônios inadequados é um problema comum, e o Transviver oferece uma solução para esses desafios.”

A médica generalista Ana Luisa Adorno de Lima, que atende no ambulatório, reforça que o Transviver tem sido crucial para melhorar o acesso à saúde para pessoas trans. “Antes, elas enfrentavam longas filas e dificuldades para conseguir atendimento especializado. Agora, isso mudou”, afirma Ana Luisa.

Imagem: Divulgação Secretaria Municipal de Saúde (SMS)

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