Economia & Negócios

Gasto com seguro-desemprego cresce 11%

Da Redação
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Apesar de o Brasil viver um momento de aquecimento do mercado de trabalho, com a taxa de desemprego atingindo os menores níveis em uma década e o número de pessoas empregadas batendo recordes históricos, um fenômeno contraintuitivo está chamando a atenção: o aumento das despesas com o seguro-desemprego. Esse benefício, que deveria ser mais demandado em tempos de crise econômica, tem crescido consideravelmente mesmo em um cenário de recuperação e queda no número de desempregados.
Segundo dados do Tesouro Nacional, as despesas com o seguro-desemprego chegaram a R$ 52 bilhões nos 12 meses até agosto deste ano, representando um aumento de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior, já descontada a inflação. Para se ter uma ideia do paradoxo, enquanto as despesas com o benefício crescem, a taxa de desemprego no Brasil caiu de 7,8% para 6,6% entre agosto de 2023 e agosto de 2024, e chegou a 6,4% em setembro – o menor nível desde 2013 e perto do que os economistas chamam de “pleno emprego”.
Embora não seja possível apontar uma única razão para o aumento dos pedidos de seguro-desemprego, especialistas acreditam que o fenômeno pode estar relacionado à facilidade com que empregados e empresas têm feito acordos na hora de pedir demissão. Com o mercado de trabalho aquecido, muitos trabalhadores têm optado por pedir demissão ou negociar a rescisão de contrato para acessar o benefício e, em seguida, buscar oportunidades no mercado informal.

GED

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