Goiânia

Filas para testagem da Covid-19 em Goiânia têm sofrimento e desistência

Com alta demanda por testes, locais de testagem gratuita estão lotados

Um dos reflexos imediatos das aglomerações de fim de ano é perceptível nas filas dos locais de testagem gratuita da Covid-19. Em Goiânia, multidões vão até os lugares que são disponibilizados os testes gratuitos. A procura ocorre em meio às festas realizadas de final de ano, celebradas com a família e amigos, bem como diante das exigências em entrada em eventos. Pessoas levam até cadeiras para a fila e a espera ultrapassa as 5h em muitos casos. O movimento já é grande por volta das 7h, sendo que a testagem só está marcada para começar às 8h.

Mariany Inês Alves, microempresária, 32 anos, tenta fazer o teste oferecido pela prefeitura desde o dia 1 de janeiro. “Manifestei sintomas de gripe, e auto me mediquei em casa, eram sintomas leves, só que não estava surgindo efeito, e os sintomas foram piorando, e eu busquei a testagem gratuita da prefeitura, porque o particular é muito caro, agendei pelo site da prefeitura, tinha alguns locais com vagas, marquei para um sábado que estava disponível. Com os sintomas muito fortes, febre, sem paladar e olfato, quando cheguei no local, a rua cheia de carros, não tinha lugar para estacionar, a fila estava imensa, muita gente mesmo, estava chovendo, sem tendas suficientes para tantas pessoas, a maior dificuldade, cheguei por volta das 13h. Tinha em média mais de 100 pessoas na minha frente, tentei ficar, mas por estar muito mal, não conseguir fazer o teste, por estar lotado, e falta de organização, fui embora sem conseguir fazer a testagem”.

A diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Grécia Carolina Pessoni, conta que houve um aumento sensível na demanda por testes, após as festas e confraternizações de fim de ano. “O objetivo da nossa testagem não é testar para eventos, mas sim testar pessoas que tiveram contato com casos positivos. Mas as pessoas chegam nas testagens e falam que tiveram contato”, afirma.

Antes desse período, segundo ela, a média diária oscilava em torno de 700 pessoas que buscavam os pontos de testagem rápida montados pela prefeitura. Hoje, o número mais que dobrou, oscilando entre 1,5 mil e 1,8 mil pessoas. A expectativa dela é que sejam realizados cerca de 3 mil testes, na capital. Um balanço é feito no final do dia, com a divulgação do índice de pessoas que testaram positivo.

A estudante de economia Débora Fernandes, 20 anos, relatou que chegou por volta de meio dia e meio e esperou mais de três horas em pé na fila. “Estou há alguns dias suspeitando que peguei Covid ou H3N2, não estou muito bem, cheguei no local da testagem, passando mal, com alguns sintomas, era quase meio dia e meio, uma fila enorme, muita aglomeração, uma bagunça, a fila não andava de jeito nenhum, correndo risco de ser infectada realmente, fiquei em torno de três horas em pé esperando chegar minha vez de fazer o teste, é um total descaso com a população, as autoridades que podem fazer alguma coisa para ajudar, simplesmente não fazem nada”, reclama.

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