
Comportamento, progresso na aprendizagem, desenvolvimento social, cognitivo e capacidade de autonomia são indícios de que o processo educacional está indo bem, dando certo. De acordo com o Parecer 20 da Resolução 05 de 2009, das Diretrizes Curriculares Nacionais, para a Educação Infantil e com a proposta pedagógica da Secretaria Municipal de Educação e Esporte (SME) às escolas e centros municipais de Educação Infantil (Cmeis), a parceria entre família e unidade educacional é fundamental e imprescindível para o alcance deste sucesso.
Neste Dia Internacional da Família, celebrado hoje, 15 de maio, um bom exemplo de relacionamento entre esses dois pilares fundamentais para a educação de uma criança é a relação de proximidade e participação efetiva que a mãe Helieth Aparecida Lopes tem com o Cmei Atheneu Dom Bosco, localizado no Parque Atheneu, onde está matriculado seu filho mais velho, Pedro Lorenzo Lopes Nogueira, de 3 anos.
Técnica em Enfermagem e com 36 anos, Helieth é mãe de outro menino, ainda com seis meses. Há cerca de um ano ela se separou do marido e ficou desempregada. Desde então, voltou a morar com a mãe e se desdobrar na criação e sustento dos dois pequenos. “Minha rotina é bem puxada. Minha mãe tem Alzheimer e eu acabo tendo que cuidar dela e das duas crianças. Então, o Cmei me ajuda muito mesmo. Eu me preocupo com a educação do Pedro, porque ele teve a presença do pai por algum tempo, e de repente perdeu essa referência, pois eles não têm contato nenhum agora. Então, eu gosto de acompanhar bem de perto para ver a evolução dele, para não deixar faltar nenhum apoio. Eu, enquanto mãe e pai, e o Cmei, estamos sempre juntos. As tias do Cmei ficam alertas também ao comportamento e evolução dele. Ele é um menino muito educado e carinhoso graças a Deus”, relatou.
As mães da Helena Bandeira Santos, de dois anos e 11 meses, também são grandes parceiras do Cmei e encontram nele o apoio na educação da filha. Vanessa Bandeira de Araújo, 34, gerente comercial, e Neiddja Santos, 39, gerente de departamento, optaram por uma inseminação artificial e, hoje, elas têm o bem mais precioso. “A Helena nasceu prematura. Nós sabíamos que seria uma possibilidade, mas deu tudo certo no final. Não foi fácil engravidar. Perdi a primeira vez, depois fiz uma cirurgia bariátrica, e nós conseguimos”, conta a mãe biológica, Vanessa.
Desde os oito meses de vida, a Helena está no Cmei. “Somos satisfeitas com o trabalho prestado pela instituição. A professora até me chamou para conversar. Disse que ela é muito inteligente, agitada, conversa bastante, é muito ativa. Agradeço às professoras pelo trabalho realizado. Conheço várias, tem uma até que me acompanhou quando eu estudava e sei do carinho que ela tem pela profissão e pelas crianças. Então, eu confio e sou muito grata pela forma que somos tratadas lá. Eu quero o melhor para nossa filha, lutamos diariamente para isso e queremos que ela cresça uma criança feliz com todas as oportunidades que ela possa ter na educação”, completa a mãe.
Em relação ao preconceito, Vanessa afirma que já teve que enfrentar algumas situações em relação a sua maternidade biológica. “Somos muito bem resolvidas. Acho que, por isso, não sentimos preconceito da parte das pessoas. É claro que tem olhares, perguntas, mas a única coisa que eu sofro mais é porque a Helena não se parece nada comigo. Eu sou negra e ela é branquinha de olhos claros. Independente da nossa orientação sexual, como mães, nós queremos o melhor para a nossa filha, que é uma criança muito feliz, desenvolvida e criada por duas mães. Somos uma família e fazemos de tudo pelo bem dela!”, conclui Vanessa.