Estádio Serra Dourada comemora 50 anos como ícone do futebol goiano e nacional

Da Redação
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No dia 9 de março de 1975, o futebol goiano ganhou um dos seus maiores símbolos: o Estádio Serra Dourada. Neste domingo (9/3), o Gigante do Centro-Oeste celebra meio século de história, sendo palco de momentos inesquecíveis do esporte nacional, com partidas memoráveis, shows marcantes e se consolidando como um patrimônio cultural do estado de Goiás.
Projetado pelo renomado arquiteto Paulo Mendes da Rocha, o estádio foi inaugurado com um amistoso entre a Seleção Goiana e a Seleção Portuguesa, que terminou com a vitória dos goianos por 2 a 1. Esse foi o primeiro grande passo de uma trajetória que faria do Serra Dourada um dos principais estádios do Brasil. Inicialmente com capacidade para 76 mil torcedores, a praça esportiva passou por adequações de segurança e teve sua capacidade reduzida para cerca de 38 mil pessoas. O estádio sempre se destacou pela excelente qualidade de seu gramado e pela visão privilegiada de todos os setores, proporcionando uma experiência única aos espectadores.
Com o tempo, o Serra Dourada se tornou um símbolo do futebol nacional, sendo palco de grandes partidas de Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores, Sul-Americana e até mesmo das eliminatórias. O estádio foi sede da Copa América de 1989 e se tornou a casa de grandes clubes do estado, como Atlético Goianiense, Goiás e Vila Nova, que ao longo das décadas fizeram do Serra Dourada um verdadeiro templo do futebol goiano.
Entre os momentos históricos do estádio, alguns craques do futebol mundial marcaram presença. Pelé esteve no local em 1983, para um amistoso beneficente, e Diego Maradona encantou o público goiano na Copa América de 1989, defendendo a Argentina. Outros ícones do futebol mundial também passaram pelo Serra Dourada, como Franz Beckenbauer, Zico, Rivelino, Ronaldo e Romário, entre muitos outros.
Entretanto, nos últimos anos, o Serra Dourada enfrentou diversos desafios. Com a construção de estádios modernos em todo o país e a adesão crescente de clubes locais a arenas privadas, o Gigante do Centro-Oeste perdeu parte de sua importância no cenário local e nacional. Além disso, problemas estruturais também impediram que o estádio recebesse jogos com regularidade.
No entanto, há uma luz no fim do túnel para o Serra Dourada. Em 2025, o complexo passará a ser administrado pelo setor privado.
Em fevereiro, o Grupo Construcap venceu o leilão para a concessão do estádio e ficará responsável pela gestão da praça esportiva pelos próximos 35 anos.
O grupo terá que investir, no mínimo, R$ 215 milhões em reformas e melhorias no complexo, sinalizando uma nova fase para o Serra Dourada, que promete retomar sua posição de destaque no futebol brasileiro e na cultura goiana.