Política

Entre política e polêmicas, veja como foram os 2 meses de Janja após início do governo Lula

Fugindo dos bastidores, primeira-dama teve índice de aprovação de 41% em pesquisa divulgada em fevereiro

Com 2 milhões de seguidores no Instagram e um gabinete no Palácio do Planalto, a primeira-dama Rosângela Silva, a Janja, chegou ao governo prometendo que não seria coadjuvante. Desde a vitória de seu marido, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas eleições presidenciais, a socióloga deixou claro que não gostaria de assumir um papel passivo frente às decisões e políticas públicas, mas sair dos bastidores.

A postura desengessada da socióloga ainda não é consenso, mesmo entre petistas, mas dados divulgados na última semana mostram que Janja vem conquistando seu espaço. Segundo pesquisa realizada pela Quaest, em parceria com a Genial Investimentos, divulgada em 14/2, 41% dos entrevistados têm uma avaliação positiva da primeira-dama. Outros 22%, regular, e 19%, negativa.

Da campanha a fevereiro

Presença certa em quase todos os eventos da pré-campanha de Lula, Janja foi crescendo nos holofotes antes mesmo do lançamento do nome dele ao pleito. A socióloga cantava o jingle, dançava a coreografia e fazia discursos sobre a trajetória política do petista nos palcos pelo Brasil. Sua influência na campanha chegou mesmo a causar atrito com lideranças do partido, que temiam a influência da socióloga sobre cada detalhe da rotina do então candidato – do cardápio à segurança pessoal do marido.

Desde a posse de seu marido, Janja já ganhou mais de 500 mil seguidores e passou a compartilhar sua rotina nas redes. Apesar do número ser menor do que o de Michelle Bolsonaro – 5,9 milhões – sua presença nas redes já é significativa, com direito a mais coreografias ao lado do Zé Gotinha e vídeos dos cães da família.

Apenas 13 dias após da vitória de Lula nas urnas, Janja deu a primeira entrevista em televisão, e defendeu que pretendia “ressignificar o conteúdo do que é ser uma primeira-dama”.

“Eu vou continuar do lado dele. Eu não vou… Pelo menos, eu acho que eu não vou ficar… ele vai sair para trabalhar e eu vou ficar em casa. Isso vai ser difícil acontecer, porque não é da minha personalidade. Então, a gente vai estar junto. Eu vou estar do lado dele, eu acho que praticamente boa parte do tempo. Contribuindo no que eu puder contribuir”, disse, na ocasião, ao Fantástico, da TV Globo.

No mesmo mês, Janja foi indicada para a coordenação do grupo que organizou a cerimônia de posse de Lula e o Festival do Futuro, festa na Esplanada dos Ministérios que reuniu artistas de diferentes estilos musicais. Além disso, Janja teria sido a responsável pelo veto à indicação do deputado Pedro Paulo (PSD) para o Ministério do Turismo, por conta de um histórico de acusação de agressões a mulher.

Júlia Portela – Metrópoles

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