Endividamento no Brasil atinge 73,1 milhões de pessoas
Um levantamento recente do Serasa mostrou que, até outubro de 2024, 73,10 milhões de brasileiros estavam com o nome restrito, marcando a segunda maior marca do ano. Esse aumento reflete a crescente inadimplência no país, que tem atingido, principalmente, pessoas entre 41 e 60 anos, que representam 35,1% dos endividados.
A especialista em administração e finanças da FEA-USP, Lílian Carrete, alerta que, com a taxa de juros no pico, 2025 será um ano desafiador para aqueles que entrarem no próximo ano com dívidas. “Contrair novas dívidas nesse cenário significa comprometer ainda mais a renda futura devido aos altos juros”, afirma a professora, que recomenda a redução do consumo e o esforço para quitar as dívidas antes do início do novo ano.
Lílian também orienta que a renegociação das dívidas seja uma prioridade em 2025, especialmente para aqueles que comprometem mais de 30% da renda com dívidas. Em casos extremos, como no financiamento de imóveis ou veículos, a especialista sugere que seja feita uma avaliação cuidadosa das prioridades, para evitar maiores danos financeiros.
Apesar da tentação de recorrer a empréstimos, Lílian adverte sobre os altos custos do crédito consignado, que, embora possa parecer uma solução inicial, apresenta taxas de juros a partir de 15%, com possibilidade de custos ainda mais altos.