Documentário resgata a história e a cultura da cidade de Goiás

Da Redação
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Após 16 anos de produção, o documentário de longa-metragem O sino de ouro e a profecia do galo, terá seu pré-lançamento no próximo dia 22 de março, às 19 horas, no Cine Teatro São Joaquim da cidade de Goiás.
Com financiamento da Lei Paulo Gustavo de Incentivo à Cultura, a obra alerta para o risco de nova devastação do Centro Histórico da antiga capital, ao mesmo tempo em que busca resgatar parte da história e da cultura locais.
A narrativa do filme, dirigido e roteirizado pelo jornalista e diretor goiano Edson Luiz de Almeida, gira em torno de uma história e uma lenda contadas pelos antigos moradores. Dizem que seria de ouro o sino da Igreja da Lapa, arrastado pela grande enchente de 1839 e que estaria encravado na área da Pinguelona, no Rio Vermelho, onde seria procurado até hoje.
A lenda reza que no dia em que o galo de metal que fica no alto do Museu das Bandeiras cantar, a cidade de Goiás (ou o mundo, segundo outra versão) será destruída.
O sino de ouro e a profecia do galo associa a riqueza arquitetônica, histórica, artística e cultural da cidade de Goiás ao sino de ouro, ameaçado pelas agressões ao meio ambiente e pelo descaso com a preservação histórico-cultural.
O sino de ouro e a profecia do galo levou 16 anos para ser realizado. O autor da obra explica que iniciou a produção do documentário em 2008, quando entrevistou a artista plástica Goiandira do Couto, que desenvolveu a técnica da pintura com areias coloridas da Serra Dourada “depois de (ela) ouvir uma voz determinando que fizesse uma casa com areia”.
Um dos aspectos interessantes do documentário, segundo o idealizador da obra, é que ele entrevistou em 2024 pessoas que já haviam prestado depoimento havia vários anos. Isso possibilitou comparar as expectativas e a realidade de períodos distintos.