Diferentes linhagens do coronavírus circulam em Aparecida
Variante Delta, que foi notificada pela primeira vez na Índia e que assusta por ser agressiva, não chegou a Aparecida

Levantamento da Secretaria de Saúde de Aparecida identificou pelo menos 12 linhagens diferentes de coronavírus que circulam no município. No entanto, apenas as linhagens Alfa (originária do Reuno Unido), Beta (identificada na África do Sul), e Gamma (variante do Brasil) são consideradas “novas cepas” e preocupam a Organização Mundial de Saúde. Essas três variantes já foram identificadas na cidade.
A cepa chamada Delta – que foi identificada na Índia e é responsável pelo aumento de números de casos de Covid-19 em diversas partes do mundo – ainda não foi encontrada em Aparecida, mas em Goiânia sim. Uma paciente foi identificada e isolada. Por enquanto não se trata de transmissão comunitária. Sabe-se que ela pegou o vírus depois de ter contato com uma pessoa de Moçambique.
A predominância das variantes em Aparecida é da Gamma, com 75%. Foi essa variante responsável pelo aumento substâncial de casos em meados de março, com consequente ocupação de mais de 100% nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com Covid-19 na cidade. A variante Alfa é a segunda com maior presença detectada: apenas 2%.
Monitoramento
A diretora de Avaliação de Políticas de Saúde de Aparecida, Erika Lopes, explica que o coronavírus Sars-Cov-2 é de Rna e, por isso, bastante propício a sofrer mutações. Exatamente por isso, o trabalho de monitoramento é essencial para evitar qualquer tipo de “escape”. Ela aponta que a Secretaria Municipal faz testes constantes na população e mantêm um banco de dados com sequenciamento genético.