Decisões do governo Lula prejudicam Goiás e revelam viés eleitoral do PT

Por Ana Lucia
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O cenário político em Goiás mostra que as decisões recentes do governo federal e do Partido dos Trabalhadores (PT) têm afetado diretamente o desenvolvimento do Estado, levantando questionamentos sobre a motivação eleitoral por trás das medidas. Nos últimos meses, a suspensão de repasses, o bloqueio de obras estratégicas e ações judiciais indicam um padrão de atuação que compromete setores essenciais, como saúde e infraestrutura, e antecipa o clima da disputa eleitoral de 2026.
Na saúde, a irregularidade nos repasses da União para o Sistema Único de Saúde (SUS) motivou o governo goiano a acionar o Supremo Tribunal Federal (STF). A Ação Cível Originária (ACO) da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) aponta que a União deixou de transferir mais de R$ 1,2 bilhão nos últimos três anos. O atraso ocorre justamente quando Goiás amplia sua rede hospitalar, inaugurando novas unidades, como o Complexo Oncológico de Referência (Cora), voltado ao tratamento de crianças com câncer. O subfinanciamento federal pressiona o funcionamento do sistema e compromete as contas estaduais.
Na infraestrutura, decisões do PT também criam obstáculos. Em 10 de outubro, o diretório nacional do partido conseguiu uma liminar no STF, concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, que suspendeu parte das obras do Fundeinfra, programa que financia rodovias com recursos do agronegócio. O bloqueio prejudica o escoamento da produção e a integração regional, atrasando projetos estratégicos do Estado.
O impacto se estende aos municípios. O prefeito de Aparecida de Goiânia, Leandro Vilela (MDB), aguarda a liberação de US$ 120 milhões do Banco dos Brics, processo paralisado há meses. Em abril de 2024, o então ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), vetou um empréstimo de R$ 777 milhões do BID destinado à infraestrutura.
Esses episódios reforçam a percepção de que medidas técnicas vêm sendo politizadas, transformando Goiás em palco antecipado da disputa eleitoral e gerando efeitos concretos sobre a população. Saúde, mobilidade e investimentos estratégicos sofrem diretamente, enquanto a pressão política do PT deixa marcas no cotidiano de milhões de goianos.