ESPORTE

CPI das Apostas convida presidente do Vila Nova e promotores de Goiás

Comissão da Câmara ainda decidiu que vai pedir o compartilhamento das provas obtidas pela Operação Penalidade Máxima

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas, que investiga um esquema de manipulação de resultados no futebol brasileiro, aprovou nesta terça-feira requerimentos para convidar, nas condições de testemunhas, o presidente do Vila Nova Futebol Clube, Hugo Jorge Bravo, e os promotores Fernando Cesconetto e Cyro Terra Peres, do Ministério Público de Goiás. Também nesta sessão, foi aprovada uma moção de repúdio contra a liga espanhola, em função do racismo sofrido por Vinicius Júnior, do Real Madrid.

O dirigente do Vila Nova foi chamado porque denunciou ao MP de Goiás em novembro de 2022 o esquema para beneficiar os apostadores. Já Cesconetto foi convidado porque é quem conduz a Operação Penalidade Máxima, que apura as irregularidades. Cyro foi chamado por ser o procurador-geral do MP de Goiás.

O colegiado também solicitou ao MP de Goiás que compartilhe com a CPI os resultados já encontrados pelas investigações feitas pelos promotores de Goiás. Essa foi a primeira sessão da comissão após a instalação.

A CPI da Câmara é presidida pelo deputado Júlio Arcoverde (PP-PI) e relatada por Felipe Carreras (PSB-PE).

Aliado do presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, Arcoverde já foi presidente do River, clube do Piauí, cargo também já exercido por Nogueira. Já Carreras tem experiência prévia com os temas de turismo e esporte na Casa. Outros deputados integrantes da comissão também são ligados a times de futebol, como Bandeira de Mello (PSB-RJ), que foi presidente do Flamengo e é suplente da CPI

O deputado Luciano Vieira (PL-RJ) apresentou requerimentos para convocar os presidentes do Santos, Flamengo, Fortaleza, Ceará, Red Bull Bragantino, Fluminense, São Paulo, Internacional, Coritiba, Juventude, Cuiabá, Avaí, Náutico, América-MG e Goiás. No entanto, os pedidos não foram pautados na sessão desta terça.

Na semana passada, quando a CPI foi instalada, Felipe Carreras disse que os jogadores investigados pelo MP de Goiás serão os primeiros a serem ouvidos. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e casas de apostas também devem ser ouvidas.

Sete atletas já se tornaram réus na Justiça de Goiás: Eduardo Bauermann (Santos), Gabriel Tota (Ypiranga-RS), Victor Ramos (Chapecoense), Igor Cariús (Sport), Paulo Miranda (Náutico), Fernando Neto (São Bernardo) e Matheus Gomes (Sergipe).

GED

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