Conta de luz segue mais cara em julho com bandeira vermelha; risco de alta preocupa economistas

Da Redação
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A conta de energia elétrica seguirá mais cara em todo o país no mês de julho. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a manutenção da bandeira vermelha no patamar 1, o que significa um acréscimo de R$ 4,46 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos pelos brasileiros.
A decisão tem como base os níveis abaixo da média histórica nos reservatórios das hidrelétricas, principal fonte de geração de energia do país. Com isso, é necessário acionar usinas termelétricas, que têm custo mais elevado e poluem mais. A diferença é repassada ao consumidor final por meio do sistema de bandeiras tarifárias, que indica o custo real da energia gerada a cada mês.
Embora os dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostrem que o cenário hídrico no país ainda permite certo equilíbrio, os índices de Energia Armazenada (EAR) variam bastante entre as regiões e não afastam completamente o risco de agravamento nos próximos meses.
Segundo economistas, a tarifa de energia já impacta diretamente a inflação. A prévia do IPCA de junho (IPCA-15) revelou alta de 3,29% no item energia elétrica, tornando-se um dos principais vetores de pressão sobre o índice geral. Sem esse aumento, o resultado da inflação seria mais moderado.
A preocupação agora gira em torno de uma possível migração para a bandeira vermelha patamar 2, ainda mais onerosa para o consumidor. Se os níveis dos reservatórios continuarem caindo, esse cenário pode se concretizar já no próximo trimestre, agravando a inflação e afetando diretamente o bolso da população.