Compartilhar também é crime: veja o que já se sabe do vazamento de fotos de Marília Mendonça
A Polícia Civil de Minas Gerais investiga quem teve acesso ao documento e o distribuiu de forma ilegal
As fotos de Marília Mendonça após a morte, no laudo da necropsia, que tem sido divulgadas de forma criminosa desde a última quinta-feira (13) e que foram vazadas de forma também criminosa, ainda seguem na mira das autoridades. De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), há uma investigação sobre quem teve acesso ao documento.
O advogado Robson Cunha, que representa a família da cantora, que morreu em um acidente de avião em 5 de novembro de 2021, tem tomado todas as medidas judiciais para punição dos responsáveis. Em um comunicado, o defensor disse que “é inconcebível que documentos exclusivos de um inquérito policial que corre em sigilo e com restrições de acessos tenham sido divulgados de forma irresponsável, desumana e criminosa”.
Robson ainda alertou que quem estiver compartilhando as fotos também está cometendo um crime “e podem ser responsabilizados judicialmente”.
Enquanto isso, a PC informou, também, que o sistema que armazena os dados do inquérito – de onde o laudo da necropsia foi vazado – é auditável, o que facilita a investigação. Vale lembrar que o ato de “vilipêndio a cadáver” é considerado crime contra o respeito aos mortos, e é previsto no artigo 212 do Código Penal brasileiro, com punição de um a três anos de prisão, além do pagamento de multa.
Mãe fala sobre fotos de Marília Mendonça
Dona Ruth, mãe de Marília, chegou a se manifestar sobre a situação nesta sexta-feira (14). Em seus stories no stories no Instagram ela desabafou e disse família está triste com o caso. “Estou chocada com tanta monstruosidade, mas também não me surpreende”, afirmou.
Ruth também confirmou que a família de Marília Mendonça vai entrar com uma ação contra o Google e o Facebook para impedir o compartilhamento de fotos do corpo da cantora. “Esse é um material exclusivo do inquérito policial, que inclusive corre em sigilo. Este conteúdo estava sob a responsabilidade da Polícia Civil do estado de Minas Gerais e jamais poderia ter sido tornado público”, disse Robson Cunha.