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Cientista transforma umidade do ar em água potável e ganha Nobel de Química

Já imaginou transformar o ar em água potável? O professor Omar Yaghi, da Universidade da Califórnia, tornou isso realidade e conquistou o Prêmio Nobel de Química por sua inovação. Ele desenvolveu uma tecnologia capaz de extrair umidade do ar e convertê-la em água limpa, sem necessidade de eletricidade. A novidade não ficará apenas no laboratório: a startup de Yaghi, a Atoco, já está implementando a solução na prática.
A necessidade é urgente. Segundo dados da ONU, 2,4 bilhões de pessoas vivem sob escassez severa de água, o que representa cerca de um terço da população mundial.
A tendência preocupa: até 2030, a demanda global por água deve superar a oferta em 40%, criando um déficit crítico. Ou seja, para cada 14 litros de água que precisaremos, apenas 10 estarão disponíveis.
O crescimento da tecnologia e da inteligência artificial também aumenta a pressão sobre os recursos hídricos.
Somente no ano passado, data centers nos Estados Unidos consumiram 1,7 bilhão de litros de água por dia — o suficiente para abastecer uma cidade de 10 milhões de habitantes, quase como uma São Paulo inteira.
A inovação de Yaghi oferece uma alternativa promissora. Ao retirar água diretamente do ar, comunidades afetadas por escassez poderão ter acesso a recursos essenciais sem depender de sistemas complexos ou caros de energia.
Além disso, empresas que adotam tecnologias modernas têm conseguido otimizar operações e gerar impactos positivos. O relatório Horizonte em Foco, conduzido pelo IDC, aponta que 94% das companhias na América Latina já notam benefícios com o uso de nuvem e inteligência artificial, acelerando inovação e crescimento.
A tecnologia de Yaghi se conecta a essa tendência global: soluções inteligentes e sustentáveis que unem ciência, inovação e impacto social.
No futuro, extrair água do ar pode deixar de ser apenas uma façanha científica e se tornar uma resposta prática para um dos maiores desafios do planeta.

GED

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