Chuvas de meteoros e eclipse lunar marcam os eventos astronômicos neste mês
No próximo dia 16, ocorre o Eclipse Lunar, que irá durar das 00h30 às 01h54
Os eventos astronômicos deste ano serão marcados por diversos fenômenos, que poderão ser vistos a olho nu, conforme aponta o Observatório Nacional de Astronomia. Este mês, que está no pico da chuva de meteoros, terá Eclipse Lunar no próximo dia 16. Já no dia 31, haverá tempestade de meteoros, de acordo com o astrônomo e diretor da Instituição Astronômica Plêiades do Sul, Ary Martins Magalhães.
O eclipse lunar total será visível nas Américas do Norte e do Sul, Europa, África, e partes da Ásia. O espetáculo também poderá ser assistido no Brasil. O eclipse total durará das 00h30 às 01h54, mas a Lua também será parcialmente eclipsada entre 23:28 e 02:55.
Já a primeira SuperLua do ano será em junho, pouco antes do Solstício de inverno (o dia mais curto do ano; não que você sentirá alguma diferença real em sua percepção de tempo). Trata-se de uma Lua Cheia que ocorre quando nosso satélite natural está em seu ponto orbital mais próximo da Terra. Isso pode aumentar sutilmente seu diâmetro e brilho.
O astrônomo ressalta que a astronomia é de extrema importância, uma vez que divulga a ciência e promove a descoberta nas pessoas. “Muitas sequer sabiam dessa paixão pela astronomia. É um lazer bastante saudável, tem o aspecto didático, de descoberta e recreativo”, aponta.
Atualmente, a Plêiades do Sul realiza diversas ações em Goiânia voltadas à astronomia. Uma delas é o telescópio cultural. “Levamos os equipamentos para que o público possa ter o contato mais próximo no céu. Nessas atividades tem momentos recreativos apontamentos para a lua e de alguns planetas”, informa. O objetivo também é incentivar o monitoramento de objetos potencialmente perigosos, como os asteroides.
Fenômenos
Em julho, ocorre mais uma Superlua, prevista para o dia 13. De acordo com o Observatório, quando a Lua está a cerca de 363.300 km de distância da Terra, já podemos dizer que há uma Superlua no céu noturno. O evento não é exatamente raro, porém neste acontecerá apenas duas vezes.
Já em agosto, acontece a chuva de meteoros Perseidas. Estas podem oferecer 100 meteoros por hora. A chuva é causada por grãos minúsculos deixados pelo cometa 109P/Swift-Tuttle em suas passagens perto do Sol, trará meteoros com velocidade de até 60 km/s e rastros que duram alguns segundos.
Global Star Party
No último mês, em busca de instigar o interesse e apreço pela Astronomia na população goiana, a Global Star Party promoveu um evento na Capital. A ação conciliou aprendizagem, música, arte e diversão. Diversos palestrantes científicos falaram sobre astronomia, além da presença do projeto de robótica da universidade UNI GOYASES e a maior coleção de meteoritos no centro-oeste supertelescópio.
A Star Party juntamente com o Instituto Gunstar Team de Astronomia Cultural estão na missão de trazer a imensidão e a grandeza da astronomia para o Estado de Goiás. Um dos organizadores, astrônomo cultural Cleyton dos Santos, avalia que as ações têm o intuito de discutir astronomia em Goiás e trocar experiências. “Queremos tirar as discussões de ciência e astronomia do campo acadêmico e trazer as temáticas para a população que deseja se informar sobre eventos astronômicos”, pontua.
Os profissionais disponibilizaram telescópios na esplanada do CCON para quem quiser observar – e admirar mais de perto a lua. Além da observação da lua, as pessoas puderam ter acesso a projeções espaciais nos prédios modernistas que compõem o CCON. Serão apresentadas exposições com peças de robótica e o maior acervo de meteoritos do Centro-Oeste. “Tivemos que dar uma pausa nos projetos presenciais por conta da pandemia, mas a Global Star Party marca o início da nossa retomada em Goiás”, afirma Cleyton.
Desde 2010, o Instituto tem promovido observações coletivas das constelações, da lua, sol e de outros planetas, como Vênus, que servem como foco para pesquisas e investigações. O grupo reúne hoje mais de 40 interessados e ainda promove uma espécie de telescópio itinerante e gratuito, com observação das estrelas em diferentes pontos da capital, como na Praça do Sol, Praça Cívica, no Planetário da Universidade Federal de Goiás (UFG) e em outras cidades, como Goiás ou Alto Paraíso. “Todos que participam têm em comum a paixão pelos mistérios do espaço e a preservação da aventura ecológica”, reitera.
Planetário da UFG segue fechado desde 2020
Desde março de 2020, por conta da pandemia de COVID-19, o Planetário Juan Bernardino Marques Barrio da UFG interrompeu temporariamente as atividades presenciais de atendimento ao público até que seja novamente seguro de nos encontrarmos fisicamente. Isto porque a sala de projeção do céu estrelado do planetário é um ambiente escuro, completamente fechado e sem renovação de ar. Mesmo com a queda nos casos de Covid-19, o Planetário ainda não reabriu para o público.
O local é um complemento importante para o ensino formal realizado nas escolas. É considerado a porta de entrada para o público ter acesso ao conhecimento científico, conforme aponta Rafael Miloni, professor de Astronomia do Instituto de Estudos Socioambientais (IESA/UFG) e diretor do Planetário.
Ele destaca que a astronomia é uma das ciências mais cativantes que existe e desperta atenção de pessoas de todas as idades. “A partir desse tema, o Planetário consegue contribuir com a alfabetização científica da sociedade”, conta ele. O local é administrado pela UFG, e está localizado no Parque Mutirama, área da Prefeitura de Goiânia.
Ao longo de 50 anos, o Planetário tem sido um local que compartilha conhecimentos sobre a Astronomia e desperta um profundo encantamento em crianças, jovens e adultos. Estima-se que cerca de um milhão de pessoas, especialmente estudantes do ensino básico, já acompanharam os vários programas sobre viagens cósmicas, galáxias, estrelas e planetas no nosso Sistema Solar.
*Informações de OHoje