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Casa de apostas rompe contrato com Corinthians em meio a escândalo de suposta corrupção

Da Redação
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A sexta-feira foi marcada pelo rompimento unilateral do contrato de patrocínio máster entre o Corinthians e a casa de apostas VaideBet. Assinado no início deste ano com vigência até o final de 2026 e envolvendo um montante de R$ 370 milhões, o acordo foi cancelado pela empresa, que citou a cláusula anticorrupção como justificativa para a rescisão.
O clube paulista, em nota oficial, alfinetou a VaideBet pelo rompimento, enquanto a empresa alegou ter tomado a decisão após a abertura de uma investigação pela Polícia Civil sobre possíveis irregularidades. O foco da investigação é o suposto repasse de parte do valor de comissão do contrato a uma empresa “laranja”, denominada Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda.
A denúncia foi inicialmente feita pelo “Blog do Juca Kfouri”, apontando que a empresa intermediária do contrato de patrocínio teria transferido parte dos recursos a essa empresa fictícia. A Neoway Soluções, segundo relatos, estaria registrada em nome de uma mulher residente em Peruíbe, São Paulo, que supostamente não teria conhecimento de sua existência.
Agora, Corinthians e VaideBet iniciam tratativas sobre o pagamento da multa de rescisão, estabelecida em 10% do valor restante do contrato, equivalente a cerca de R$ 30 milhões. No entanto, com base na justificativa de justa causa para o rompimento, a empresa pode negar-se a indenizar o clube, aprofundando ainda mais a crise na relação entre as partes envolvidas.
após o rompimento do contrato de patrocínio máster com a VaideBet. Rozallah Santoro, diretor financeiro, e Fernando Alba, diretor-adjunto de futebol, optaram por entregar seus cargos ao presidente Augusto Melo, em meio a um cenário de crescente instabilidade na gestão do clube.
A decisão foi tomada em conjunto pelos membros do Movimento Corinthians Grande, um grupo político que vinha demonstrando insatisfação com a atual administração e que, desta vez, decidiu de forma irreversível pela renúncia de seus representantes na diretoria.
Este movimento já havia ensaiado uma saída no mês anterior, porém, Augusto Melo conseguiu convencer seus aliados a permanecerem. No entanto, diante das recentes circunstâncias, a decisão tomada desta vez demonstra uma ruptura definitiva entre o presidente e seus apoiadores.
Além das saídas de Rozallah Santoro e Fernando Alba, outras perdas importantes já foram registradas no comando do clube, incluindo o diretor de futebol Rubens Gomes, o diretor jurídico Yun Ki Lee e o superintendente de marketing Sérgio Moura, que se licenciou temporariamente.
O descontentamento dos membros do Movimento Corinthians Grande é pautado pela percepção de que o presidente não cumpriu as promessas de campanha e não concedeu autonomia aos dirigentes, resultando em uma rápida perda de capital político e no aprofundamento da crise institucional que assola o clube.

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